É hora de exorcizar


Salve, Guerreiros.
 
É hora de respirarmos fundo e retomarmos o fôlego que nos foi tirado na noite de ontem, durante a sofrida classificação do Cruzeiro para a próxima fase da Copa do Brasil. Viramos a chave e agora, pensamos no jogo de volta pela semifinal do Campeonato Mineiro diante do América-MG. Jogo esse, que acredito, será a nossa redenção particular no estadual. Falo isso, pois mesmo que bem no fundo não demos as devidas atenções ao Mineiro, não ir a final da competição é como deixar o bacon do sanduíche cair no chão. Dói demais.
 
E isso é uma coisa que há dois anos vem acontecendo. Aquele suculento bacon está indo para outro lugar, que não seja dentro da nossa boca. (Papo de gordo é complicado.) O que eu quero dizer, é que já passou da hora de exorcizarmos essa pendenga. Lembrando que hoje se completam 362 dias que a Raposa foi eliminada pelo mesmo América, no Campeonato Mineiro do ano passado.  Comandado por Givanildo Oliveira, o “Mequinha” fez ruir a recém-iniciada ‘era Deivid’ (Deus o livre) na Toca II e seguiu para a final do torneio em que levantaria o troféu duas semanas depois.
 
E pelo Coelho eu possuo duas mágoas: primeiramente a mania que o verdadeiro dono do Horto tem em endurecer seus jogos quando o adversário é o Cruzeiro e dar uma afrouxada quando é o Atlético o oponente. Outra coisa – que se trata de mágoa e não façam isso – é aquela eliminação para o América em 2012, em que, após terceiro gol, o atacante Alessandro fez aquele famoso sinal do acabou. Ali eu criei uma raiva não resolvida até o presente momento.
 
Embalado pela classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil o Cruzeiro possui uma vantagem para o jogo de volta, pois como terminou a primeira fase melhor colocado a raposa só precisa de apenas um novo empate para avançar. O placar de 1×1 no jogo de ida, ao meu ver, foi produto do cansaço gerado na partida anterior diante do São Paulo na capital paulista.
 
Espero de coração que o técnico Mano Menezes utilize essa partida de ontem, contra o mesmo São Paulo, para tirar a conclusão que a melhor defesa é o ataque. Que evite jogar com o regulamento embaixo do braço e que saia da zona de conforto de apenas esperar o adversário. Continuo batendo na mesma tecla: o Cruzeiro jamais deve jogar por uma bola. Acredito que a perda da invencibilidade que já durava 22 partidas não seja motivo de preocupação. O time permanece com a invencibilidade no Estadual, possui uma leve vantagem e tem bem mais time que seu adversário. Que se imponha diante do América, aproveitando a qualidade que o meio campo celeste possui e nos leve de volta a final. Avante Celestes!

Por: Felipe Ribeiro