E agora, tá valendo?


Fala, nação

As coisas caminharam bem e chegamos a Final do Campeonato Mineiro. O adversário da finalíssima nós já conhecemos muito bem: é o no nosso “querido” rival do outro lado da lagoa. A decisão que se inicia nesse domingo como é tradição de todo clássico, sempre começa uma semana antes, termina dois dias após o jogo e os dias que o antecedem passam devagar. Mas a pergunta que fica, é: vai estar valendo ou não?

A frase famosa foi dita originalmente por Ronaldinho Gaúcho, após partida diante do São Paulo, em 2013. Na ocasião, o fundador (digo jogador) do clube alvinegro, mencionou que “quando tá valendo, tá valendo” se referindo a uma vitória do Tricolor Paulista quando o recém-fundado time mineiro já estava classificado para a fase seguinte da Libertadores.

Deste então, nossos adversários usam tal citação como desculpa em vitórias Cruzeirenses. Fato é que desde o nosso primeiro triunfo em clássicos dentro do Ginásio do Horto, em 2015, as coisas aparentemente não estão mais valendo. E olha que se passaram jogos pelo Campeonato Brasileiro, Mineiro e Primeira Liga… E nada de valer.

Talvez seja por esse motivo que o STJD-MG reduziu a pena do atacante Fred – de quatro para três jogos – pela expulsão no ultimo clássico (que também não estava valendo) após agressão covarde ao zagueiro Manoel com uma cotovelada. Vale ressaltar que a pena mínima para agressão era de 4 jogos e Fred é reincidente em tal crime desportivo. Logo, sua liberação não é apenas uma prova de parcialidade do Tribunal, mas contraria a própria lei.

Dentro desse mistério, de estar valendo ou não, aparece outra questão. A escolha do local de realização da partida de volta, onde o rival terá direito ao mando de campo. Parece que essa indecisão se irá ou não valer para os atleticanos mexe um pouco com a cabeça. Preferiram não aderir às duas torcidas no jogo de ida, em que o Cruzeiro é o mandante, ficando apenas com a carga mínima obrigatória de 10%. Sendo confirmado o jogo da volta no Horto, apenas a torcida do Atlético irá comparecer, graças ao excelente trabalho da Polícia Militar que tirou o corpo fora se caso a partida fosse com duas torcidas vetando a presença da China Azul.

Detalhe: não vou mencionar a “imparcialidade” do Presidente da Federação Mineira de Futebol nos bastidores, pois é como secar gelo. Não adianta nada.

O que fica parecendo é que apenas em vitórias do rival, ou quando as coisas são direcionadas (para não dizer que são deliberadamente beneficiadas a favor do time de preto e branco), que passam a valer. E se caso o Cruzeiro vença um dos dois ou os dois jogos e levante o caneco, será que estará valendo? Verdade é que estamos operando a quase dois anos onde nada está valendo segundo o outro lado da lagoa, até por que eles não nos vencem desde o show de horrores protagonizado por Heber Roberto Lopes na semifinal do Mineiro de 2015.

Falando no Tio Chico, os constantes erros de arbitragem em favor do menor dos grandes também é outra questão pública, repetitiva e notória. Até mesmo nas recentes vitórias cruzeirenses, pênaltis a nosso favor não marcados, gols atleticanos em impedimentos e critérios deturpados na marcação de faltas e aplicação de cartões tem sido especialidade da casa. Até por que o árbitro é designado pela Federação Mineira, esta instituição que preza pela lisura e acima de qualquer suspeita. Haja vista o presidente da federação travestido de Galinhona.

O Cruzeiro tem que entrar em campo no domingo e fazer valer o retrospecto atual diante do rival, para ampliar estes sete jogos de invencibilidade. Não ter dó de um adversário tão vil, que não tem medo de recorrer ao jogo sujo dos bastidores. E devemos usar nosso trunfo, afinal, o carrasco deles estará em campo. Arrascaeta possui quatro gols em clássicos e é nesse tipo de jogo que o menino uruguaio gosta de atuar. A raça de Sóbis será outro fator predominante no confronto, assim como a entrega de todo o grupo. É lutar contra todo o tipo de adversidade e caminhar para o primeiro caneco da temporada.

Força, Nação.

Por: Felipe Ribeiro