Dossiê Fábio 2010: O melhor goleiro do Brasil…. Fábio!!!!


O melhor ano do goleiro Fábio no Cruzeiro. O começo do ano do time, embalado pela reta final do ano anterior, deu novas esperanças à torcida na Libertadores. E mesmo deixando o Campeonato Mineiro de lado, o Cruzeiro terminou a fase de grupos em primeiro lugar. Entretanto, em pouco menos de duas semanas, o primeiro semestre do Cruzeiro desabou. As eliminações para o Ipatinga na semi-final do Campeonato Mineiro e para o São Paulo nas quartas-de-final da Libertadores, fizeram com que o time voltasse a ser criticado. Fábio, entretanto, foi um dos poucos poupados.

A culpa pela eliminação no Campeonato Mineiro caiu, aliás, quase que exclusivamente sobre Adilson Batista, que havia optado por colocar o time misto contra o time do interior. Enquanto isto, a culpa pela eliminação para o São Paulo, foi creditada em grande parte a Kléber, que foi expulso no início do jogo, deixando o time em situação complicada no Morumbi para reverter a desvantagem no placar da ida (2 a 0), e acabou perdendo pelo mesmo placar, dando adeus ao sonho do tricampeonato continental.

A fase do time pedia mudanças, já que havia muito desgaste sobre alguns jogadores e principalmente sobre o técnico Adilson Batista – que acabou dando lugar a Cuca. O novo técnico celeste assumiu o time pouco antes do início da Copa do Mundo de 2010, e antes mesmo da Copa, durante o Campeonato Brasileiro, já havia um grande apelo popular pela presença de Fábio na seleção, principalmente porque o questionável Doni fazia parte do grupo convocado por Dunga.

A convocação não veio, mas Fábio não se abateu e, após a Copa, fez o seu melhor Campeonato Brasileiro com a camisa cinco estrelas, sendo decisivo em várias partidas como no triunfo sobre o Fluminense em Uberlândia e no clássico contra o Atlético-MG disputado com apenas torcedores do clube alvinegro na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

A sintonia com o time e a possibilidade real de título eram grandes e o Cruzeiro chegou a liderar o Brasileirão por duas rodadas seguidas (29ª e 30ª). A harmonia entre o goleiro e a torcida nesta temporada foi tão firme que, mesmo nas partidas em que o goleiro era vazado, a culpa dificilmente caía sobre ele. Um grande exemplo foi o clássico do segundo turno, vencido pelo Atlético-MG por 4 a 3, onde toda a equipe foi criticada por entrar desligada e permitir que o Atlético abrisse 3 a 0 no placar, mas Fábio acabou poupado pela ira do torcedor. Já o time, mesmo após uma partida polêmica contra o Corinthians, em pleno Pacaembu, onde o árbitro claramente prejudicou a equipe celeste, ainda conseguiu o vice-campeonato da competição – vencida pelo Fluminense –, o que foi para o goleiro a melhor colocação na competição nacional desde sua chegada, e para o Cruzeiro valeu a classificação para a Libertadores pelo 4º ano seguido.

O reconhecimento pelo bom ano de Fábio era praticamente unânime e, ao final da temporada, prêmios individuais brotaram na galeria de troféus do goleiro que, a partir de então, passaria a ser definitivamente considerado como ídolo pela grande maioria da torcida cinco estrelas.

Pênaltis: O ano de 2010 foi o melhor para Fábio em relação a pênaltis até hoje. O goleiro defendeu no ano o total de quatro pênaltis, sendo dois na mesma partida! Fábio defendeu dois pênaltis de Thiago Pereira no mesmo jogo, contra a Caldense, pelo Campeonato Mineiro. Os outros dois pênaltis defendidos foram os dos meias Renato Cajá, do Botafogo e Bruno César, do Corinthians, ambas partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro.

Títulos: nenhum.

Premiações: O goleiro recebeu as premiações de “Melhor Goleiro do Ano” do Troféu Guará, “Melhor Goleiro do Ano” do Troféu Telê Santana e “Melhor Goleiro do Campeonato Mineiro” pelo Troféu Globo Minas. O arqueiro venceu a “Bola de Prata” da Revista Placar (Editora Abril) em parceria com a emissora de TV ESPN Brasil, ganhando assim o prêmio individual mais importante do esporte nacional, com nota média de 6,21 em 36 partidas disputadas.

Opinião:

Em 7 anos como titular absoluto da posição, Fabio, com seu talento, conseguiu conquistar se não a totalidade, pelo menos a grande maioria da torcida celeste, o que não é pouco considerando a índole exigente da Nação Azul. Quanto a ser injustiçado na Seleção brasileira, estou cada vez mais convencido que para jogar na Seleção não basta apenas talento. Nesses últimos anos, após a era Julio Cesar, pesaram fatores extra-campo. Sem contar que a Seleção passou por uma reformulação onde foram privilegiados jogadores mais novos. (Benny Gesmundo, criador do Blog do Cruzeirense).