Diego Souza: Bom com ele, pior sem ele?


Diego Souza: Bom com ele, pior sem ele? - Cruzeiro Esporte Clube

Amor e ódio! Faz tempo que não há no Cruzeiro um jogador que desperte estes dois sentimentos tão antagônicos. Alguém poderia dizer que WP9 (assim abreviado mesmo. Vai que chama o nome e ele resolve aparecer por aqui) tinha essa capacidade, acho que não, pois este último era quase uma unanimidade.

Voltando ao Diego. Contratado em dezembro passado, quando ainda o Camisa Dez do Cruzeiro era Montillo (que o Santos o tenha), chegava com status de estrela e foi muito celebrado pela diretoria e pela torcida também. Alguns diziam que ele supriria uma possível saída do argentino, em um momento que em se jurava de pé junto que este não seria negociado.

Contratamos outros bons meias, como, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Martinuccio e a aposta Lucca, sendo que alguns destes são considerados meia-atacantes e poderiam revezar a função e o certo era que Marcelo Oliveira teria uma bela dor de cabeça para montar o time.

Com a surpreendente saída do gringo, recai sobre Diego Souza o Manto Azul de número DEZ, sendo que este por questão de regularização não pode atuar nos três primeiros jogos do “Rural” história que todos nós conhecemos bem.

Quando Diego assume de fato a camisa que lhe era de direito é que começa nossa relação de amor e ódio com o atleta. Alguns estão certos que ele é o escolhido para a função, a começar pelo treinador. ­_ “Ele está sem ritmo, vai melhorar com os jogos”. _ “Vai arrebentar quando entrar em forma”. E a desculpa mais usada: _ “é um time em formação.” De fato, o Cruzeiro ainda é um time em formação, mas algumas coisas já deveriam estar funcionando bem. Dois jogadores talentosos como Diego e Everton já deveriam estar se entendendo depois de sete meses jogando juntos, ou não? Nos três primeiros jogos sem Diego, Everton e Goulart já pareciam jogar juntos há tempos!

Os meses foram passando e a parcela de descontentes com o futebol de Diego foi aumentando, eu mesmo fui transitando entre os que gostariam de vê-lo arrebentar para os que queriam vê-lo longe do time. Na verdade, nem tenho uma idéia tão radical assim. Penso que uma pequena correção de posicionamento faria o atleta render o que sabemos que pode.

Uma notícia então, que começa como um boato de internet vai tomando corpo até ser confirmada pela direção do Cruzeiro: Há uma proposta para transferência dos direitos federativos do jogador e o tal cisma entre os torcedores se mostra bem evidente: de um lado os que pensam que sua saída seria benéfica para o time e vice-versa.

Como sempre, gosto de trazer questões para debate e essas perecem ser bem óbvias, lembrando que sua saída ainda não se confirmou: Sentiremos falta de Diego no time, ou o Cruzeiro se portará em campo melhor sem ele? É necessário reposição à altura, ou os jogadores que temos no elenco supririam essa falta? A questão da experiência de Diego seria fundamental para a sequência dos campeonatos a serem disputados esse ano?

Algumas possíveis respostas baseadas no que penso seriam as seguintes: Vamos começar de trás para frente: Quanto à experiência, temos jogadores no grupo para cumprir esse papel; não penso ser necessária contratação para reposição, acho que temos no elenco, entretanto, se vier alguém de peso para isso, será bem-vindo; e por último, penso que o time ficaria menos travado sem Diego em campo.

Em todo caso, considerando na possibilidade do negócio não vingar, penso também, que o Marcelo precisa rever o posicionamento de Diego em campo (gostaria muito de ver isso). Onde ele tem atuado não está rendendo o que pode e ainda tira de Everton Ribeiro a possibilidade de jogar o que sabe.

Vamos ver o final dessa história até o dia vinte de julho, data limite para a janela de transferência internacional. Até lá, enfrentaremos o Náutico e teremos o jogo da volta pela Copa do Brasil e Diego terá duas oportunidades de amenizar os sentimentos relacionados à sua temporada no Cruzeiro até aqui.

Saudações Celestes