Deus salve Wellington Paulista!!!


Salve nação celeste! Foi mais tranquilo do que imaginávamos! Depois tornou-se um pouquinho pior do que poderia ter sido, caso o Cruzeiro saísse do Olímpico com a vitória. No entanto o que realmente interessa é que somos finalistas da Copa Libertadores de 2009!  Somos o Brasil na decisão! Patriotas e torcidas aliadas, juntem-se a nós! Rivais e secadores de sempre, juntem-se aos argentinos, já que suas equipes não tiveram competência para impedir o Cruzeiro de chegar até aqui. 

Nas minhas colunas de pré-jogo sempre coloquei o número de jogos que faltavam para o Cruzeiro ganhar a Ámérica e ganhar o Mundo. Vasculhe os arquivos do site. Você verá que estou falando a verdade desde o dia 19 de fevereiro quando, antes da partida contra o Estudiantes, escrevi minha primeira coluna para o site. O título? “Pré-jogo: Cruzeiro X Estudiantes (14 jogos para a América! 16 jogos para o Mundo!”.

02.07 - Wellington Paulista - Foto: VipCommE a contagem foi seguindo. Jogo a jogo ficávamos mais perto da final. Deportivo Quito e Universitário Sucre sucumbiram ao Cruzeiro na primeira fase. Universidad do Chile, São Paulo e Grêmio não resistiram ao poder do esquadrão azul nos mata-matas. Outras tantas equipes foram caindo pelo caminho e só restou o Estudiantes, o mesmo que enfrentamos na primeira fase, para desafiar o nosso Cruzeiro.

Eu dizia no início da Libertadores que tínhamos um dos grupos mais difíceis da competição. De fato, poucos grupos tinham dois times de qualidade que dirá dois times que chegariam a final. O Grêmio gabava-se de ter a melhor campanha, mas inegavelmente seus adversários eram mais frágeis do que os nossos.

O Grêmio enfrentou um time de verdade pela primeira vez no campeonato gaúcho. E perdeu! Foi passeando na Libertadores acreditando que tudo seria tranquilo até pegar um outro time de verdade. E aí o que aconteceu? Perdeu de novo.

A equipe gaúcha falou demais. Maxi López provocou o elenco celeste quando ofendeu Elicarlos. Theco, Souza e Paulo Autuori falaram que o Cruzeiro não resistiria ao Olímpico. Enquanto isso, o Cruzeiro se concentrava no jogo, com exceção de Kléber, tão polêmico quanto os gaúchos.

De fato, encontramos um Olímpico abarrotado e um Grêmio motivado. A pressão inicial dos gaúchos mostrou que se tratava de um adversário digno de uma semi-final de Libertadores. Não contavam os gremistas, no entanto, com a genialidade de Kléber e a precisão de Wellington Paulista. O quê? Wellington Paulista? Sim, caro amigo. Wellington Paulista. Aquele tantas vezes detonado em minhas colunas, mas que foi crucial para a nossa classificação. Thiago Ribeiro que me desculpe, mas agora o banco é seu. Motivado, Wellington Paulista garantiu a titularidade da equipe. Espero, todavia, que mantenha o que fez nesta quinta-feira e continue queimando nossa língua.

Os gols do Grêmio no segundo tempo conseguiram diminuir a festa celeste, mas nada que nos deixasse preocupados ou receosos de que a classificação para a final estava ameaçada. Nosso time se portou como devia, matou o jogo e depois deixou o tempo passar. A lesão de Leonardo Silva expôs a zaga celeste e o Grêmio empatou a partida, mas a vaga na final já era nossa. A exaltar a conduta dos gremistas que não apelaram para a violência e o anti-jogo como os são-paulinos ao perceberem que nada adiantaria.

Agora é final! Agora restam dois gigantes sul-americanos. O tri-campeão Estudiantes contra o bi-campeão Cruzeiro. Nada de Cruz Azul, São Caetano, Atlético-PR, Once Caldas, LDU, Fluminense e outros times sem conquistas internacionais que frequentaram a final da Libertadores nesta época. É decisão de verdade! É jogo de camisas de tradição! Os dois times mostraram força deixando adversários tradicionais de fora como Grêmio, São Paulo e o Nacional do Uruguai. Agora é guerra! Agora é hora de libertarmos a América das garras de tantos times sem expressão que conquistaram ou chegaram perto de levar esta taça para casa. E é a nossa vez! No mIneirão, no dia 15, será a hora de gritarmos TRICAMPEÃO!