Desmistificando a torcida rival


Salve, China Azul! Um fato que foi bastante comentado nos últimos anos, principalmente durante o período de invencibilidade do rival sobre nós, é a ~paixão atleticana~ pelo seu time.

Pois bem, amigos. O que observamos, não apenas nesse período, mas durante toda nossa história no futebol, é a obsessão do atleticano em tentar ser melhor que o Cruzeirense.

Média de público excepcional em jogos no Mineirão nos últimos, quando não conseguem lotar jogos no pequeno Estádio Independência, tentam mostrar para o Cruzeirense que podem encher o estádio em jogos esporádicos, quando o Cruzeirense manteve média por volta de 30 mil pessoas por jogo, como mandante, durante dois anos seguidos.

O que é mais difícil, considerando os dias atuais, 30 mil pessoas por jogo em aproximadamente 60 jogos, ou 50 mil torcedores de média em 10, 15 jogos com ingressos, pelo menos, três vezes mais barato?

Imagino que, após as demonstrações de “amor ao clube”, colocando 50 mil pessoas no Mineirão (pague um e leve dois), colocar 20 mil no estádio do América viraria obrigação. Certo?

Errado.

Após bons resultados, a primeira frase que vem à mente do torcedor rival é “chupa maria”. Natural essa vontade, após tantos anos sendo humilhado.

Temos relatos de grupos de pessoas nas redes sociais, dedicados ao atlético mineiro , mas denominados “Chupa Maria, Aqui é galo”, entre outros do tipo. Exemplos não faltam.

Outro fato a ser considerado é o barulho da torcida. O atlético normalmente joga em um estádio onde, se você murmurar de um lado, uma pessoa escuta do outro lado do campo. Tanto que, todas as vezes em que jogaram no Mineirão, não se ouviu nenhuma manifestação de apoio com grandes proporções. Apenas os tradicionais “ôôô bicha!” e “mariaaa eu sei que você tremeeee”, bem de longe.

Fato que devia ser valorizado pelo torcedor Cruzeirense, que  se faz ouvir num estádio onde a acústica não ficou lá das melhores depois da reforma, como ficou o caixote do horto.

O Cruzeirense, em geral, não se preocupa com “o que vão pensar de nós se não lotarmos o estádio”. Nos preocupamos exclusivamente com o clube que amamos. Algum mal nisso?

Vivemos num país onde o amor pelo futebol está, cada vez mais, pesando no bolso. A média de público, em geral, vem caindo nos últimos anos. Não é exclusividade de time “A” ou “B”. Todos os clubes tiveram redução em sua média de público. Nenhum estádio hoje em dia fica completamente lotado em todos os 30 jogos da temporada. Na verdade nunca estiveram, nos dias atuais principalmente. Este é um problema social, não de amor maior, ou menor pelo clube.

Com tantas evidências, chego à conclusão que o atleticano não gosta do atlético. O atleticano gosta de se mostrar para o Cruzeirense.

Não há nada de especial no atleticano.

Por: Luciano Batista da Silva