#CruzeiroEuTeApoioAteOFinal


Já são algumas “segundas-feiras” em que o céu nas Minas Gerais, principalmente na região da Pampulha, amanhece cinzento. Sem cor. Sem alegria ou festejo. Assim como o sentimento que corre dentro de nós, cruzeirenses. Qualquer revés, até em futebol de botão, arrasa e desola quem tem paixão pelas cinco estrelas que traja junto ao peito. Imagina um revés que teima em não ir embora.

Eu sei cruzeirense, o momento não é dos melhores e meu sentimento não é diferente do seu. Mas tenho aqui a difícil missão de te fazer entender que o Cruzeiro é maior que tudo. O Cruzeiro é quem te leva da unha roída ao grito de gol em questão de segundos. É o Cruzeiro que te faz sair de casa numa quarta à noite, largar a família e o sossego, apenas pela emoção de ver o escrete celeste rasgar o gramado do Mineirão.

Sim, eu sei, são erros crassos da diretoria. Um 2015 pífio, um 2016 pior ainda. Falta de planejamento, contratações desastrosas, trocas de treinadores, ideologias, teimosias e uma briga contra o rebaixamento. Mas sei ainda mais que, assim como eu, você não quer ver o Cruzeiro onde está.

Digo isso te lembrando, que os onze que compõem a escalação, o professor que os escala e o senhor que os contrata, no futuro serão apenas peças numa história de páginas heroicas e imortais. A camisa fica. O clube fica. E nós? Continuaremos na nossa história de casamento e amor eterno com o Cruzeiro. Repassaremos essa loucura aos nossos filhos, netos e bisnetos. Faremos que eles comprem nossa ideia como um estilo de vida, como algo indispensável, como o ar que respiramos.

Chamem-me de “chapa branca”, “apoio incondicional”, ou qualquer coisa que ache pertinente. Sim, eu posso ser qualquer uma dessas. Mas tenho certeza que, além disso, sou louco da cabeça, sou Cruzeiro, assim como você que está aí e tenho certeza que juntos somos muito mais fortes. Juntos temos uma tarefa de 21 pelejas. Uma tarefa de carregar nas costas quem já nos fez derramar algumas lágrimas de felicidade.

Por isso, estou aqui pra lhe propor que, por um momento, até dezembro, façamos uma força conjunta. Sabe aquele grito de “zêro, zêro, zêro”, tão simples, mas que contagiou um país inteiro com a bravura de nossa torcida? Pois então. Repito, eu sei, não é fácil, mas se é de nós que o Cruzeiro precisa, aqui precisamos estar. Seja no estádio, no bar ou dentro de casa. Seja com raiva, desespero ou indignação. Seja com amor, dor e paixão.

Vamos recobrar o sentido e jamais esquecer: a nuvem pode até tentar esconder a constelação, mas ela sempre estará lá, pronta para brilhar novamente e iluminar o coração de quem dá a vida pra ver esse time jogar. E quando o azul celeste se mistura ao esmeralda do gramado, aí meus amigos, seremos uma única voz, empurrando e apoiando nossa maior paixão.

Ó Cruzeiro, nós te apoiamos até o final!

Saudações celestes.

Por: Fábio Veloso