Cruzeiro: Trauma pós Libertadores ou não?


Salve nação estrelada! O Cruzeiro começa hoje a preparação na Toca II para enfrentar o Atlético Paranaense amanhã às 19h30m no Mineirão, partida válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro 2009.

Adilson Batista - Foto: VipCommO técnico não contará com Jonathan e Thiago Ribeiro, expulsos na partida contra o Grêmio e Thiago Heleno que recebeu o terceiro amarelo. Em contrapartida terá a volta do Gladiador Kleber e do lateral direito Diego Renan, que volta de suspensão pela expulsão contra o Sport. Poderá haver a estréia do zagueiro Gil, recém contratado do futebol goiano, mas que a apresentação oficial ocorre apenas hoje. 

No início da temporada 2009, o Cruzeiro era dado por toda a imprensa e pelos próprios técnicos e atletas de outros clubes como a equipe que brigaria na cabeça por todos os títulos. A princípio muitas contratações e pouco entrosamento, uma equipe sem corpo, sem liga mas que conseguia os resultados. O técnico Adílson Batista promoveu durante todo o campeonato mineiro um rodízio pautado na idéia de dar oportunidades a todos os atletas do grupo, bem como de dar rítimo a todos. Com o passar dos meses, vimos que tínhamos uma equipe desentrosada em alguns setores, principalmente na zaga, onde quem mais regulava era Leonardo Silva. E o aparecimento de seguidas contusões musculares leves e outras mais graves, e também contusões que demandaram procedimentos cirúrgicos de recuperação a longo prazo que colocaram por terra todos os benefícios que o rodízio deveria promover.

O time estava focado na Libertadores, competição que valia o primeiro semestre estrelado. Perdeu na final, com um time um tanto desfigurado pelas contusões, e pela perda do foco por um de seus principais atletas, o volante Ramires, que na minha opinião não deveria ter jogado. Não estou aqui culpando o atleta, que não merece, por tudo que fez no cruzeiro, mesmo não tendo conquistado nenhum título de expressão. Atleta vendido tem que ficar fora do grupo independente do nome. O time que se viu não era definitivamente o Cruzeiro que o torcedor empurrou até a grande final.

Paralelamente a tudo isto já estávamos na 12ª rodada do Brasileiro, nas últimas posições, e como torcedores caímos na real que o sonho do Tri fora interrompido e que a realidade era outra, de que as desculpas após cada derrota, que era por contusão, que era por usar juniores e reservas, eram apenas desculpas… Nossos reservas seriam titulares em 70% das equipes que disputam a série A. O que faltava era entrega, era orgulho ao vestir a camisa do melhor e maior clube de Minas. Mesmo passadas 3 semanas o grupo ainda carrega um fardo psicológico imenso : “Como conseguimos perder a Libertadores tão facilmente?”

Essa resposta eu tenho certeza que os atletas remoem em seu interior, uns culpando algum companheiro, outros culpando o árbitro, outros o treinador, e isso se reflete em campo. Apontar erros é fácil, mas o desfecho da perda foi pelo conjunto da obra, nada além disso. Ninguém perdeu sozinho. E a cada partida, apesar de muitos continuarem se esforçando, correndo o tempo todo, outros andam, parecem destoados do rebanho. E se alguém acha que a luz vermelha deverá ser ligada, pra mim já está acesa e quase se queimando, já que após 5 partidas, mesmo vencendo algumas, que teoricamente deveriam ser mais fáceis houve muita dificuldade. O que demonstra que alguns atletas não estão dando tudo de si, as qualidades inegáveis do grupo não tem entrado em campo.

O resultado é a impaciência do torcedor com os jogadores, com o técnico e com a Diretoria que sempre passa insegurança, pois cada atleta que se destaca aqui, o Sr. Zezé Perrella faz o favor de gritar aos quatro cantos que não é inegociável, mesmo sabendo que esse tal jogador é na opinião de quase 100% da torcida a alma do time, e aquele que ainda faz valer o ingresso e de que o Cruzeiro definitivamente se tornou um Clube de Futebol, e não um simples trampolim para a Europa.

Vamos apoiar sempre, mas após os 90 minutos, se não houver no mínimo entrega, as cobranças são mais que obrigação do torcedor.

Abraço!
Até a próxima!