Cruzeiro: seleção, mistão ou reservão?


O Cruzeiro vai bem, obrigado.

No Brasileiro, é vice-líder, atrás do Botafogo. Figura em todas as listas de candidatos ao título.

Na Copa do Brasil, não é diferente. O time é apontado como um dos que entraram forte na briga pelo troféu. O jogo contra o Flamengo mostrou que os prognósticos estão certos.

Agora, somos fortes mesmo?

O jogo de amanhã será determinante para indicar isso. Escalado com força máxima, o Cruzeiro já mostrou que, sim, é candidato ao título nas duas disputas do semestre.

Contra a Ponte Preta, porém, a Raposa dará início a uma realidade que promete ser a dos próximos meses, caso o time estrelado continue avançando na Copa do Brasil: escalação de times reserva ou misto no Brasileiro.

E aí reside a incógnita. Seguiremos fortes e temidos no Brasileiro quando colocarmos em campo o dito time misto? Será que o mistão ou o reservão está afinado e entrosado como o titular? São questões que merecem ser observadas a partir de amanhã.

Futebol é técnica, é tática, é físico, mas também é conjunto, entrosamento. Nosso meio-campo tem funcionado não apenas porque Nilton, Souza, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro possuem qualidade técnica. Há outros fatores que contribuem bastante para o sucesso atual do time. O entrosamento do quarteto é uma delas.

Por isso tenho dúvidas se escalações como a de manhã manterão o time no bom nível técnico e tático dos últimos jogos. A tendência, por mais que os reservas sejam qualificados, já que temos alardeado o tempo inteiro que este ano temos elenco (e temos mesmo), é que o ritmo caia e o futebol não seja tão vistoso.

Surge, então, outro dilema: vale a pena priorizar tanto a Copa do Brasil em detrimento do Brasileiro, campeonato mais valioso e que temos reais chances de vencer? Sinceramente, não tenho resposta sobre o que é melhor priorizar.

Só espero que o Cruzeiro me surpreenda e se revele forte em qualquer circunstância. Com mistão, reservão ou com a seleção titular, que tem animado a todos.