Ninão: A melhor média de gols da história celeste


Seguindo a Série Figuras Históricas, vamos falar mais a respeito da família Fantoni, que tanto ajudou o Palestra Itália e, posteriormente, o Cruzeiro a crescer assustadoramente e se tornar o gigantesco clube que é hoje. O craque em questão dessa vez é João Fantoni, mais conhecido como Ninão.

Nome: João Fantoni
Gols pelo Cruzeiro: 167 gols em 127 jogos
Nascimento: 24/06/1905, em Belo Horizonte (MG)
Posição: Meio Campo
Quando jogou pelo Cruzeiro: 13 anos (1923 – 1931/1933 – 1938)
Títulos pelo clube: Campeonato da Cidade em 1926, 1928, 1929 e 1930
Outro clube pelos quais atuou: Lazio

Ninão: A melhor média de gols da história celesteIrmão de Leonízio Fantoni (o Niginho), Ninão foi um dos grandes craques da história do Cruzeiro. Recordista de gols, Ninão possui a melhor média de toda a longa história do clube, com 167 tentos marcados em 127 partidas disputadas, com uma média de 1,41 por jogo. Fez parte também do esquadrão tricampeão entre 1928 e 1930. João foi artilheiro do torneio três vezes consecutivas. Na campanha pelo primeiro título fez 43 gols, no ano seguinte marcou 33 e por fim, em 1930 deixou sua marca 18 vezes. O recorde permanece imbatível até hoje.

Graças aos 43 gols no primeiro campeonato, João se tornou o maior artilheiro da história da competição. Naquele mesmo ano marcou 10 vezes em um mesmo jogo, na maior goleada da história do Palestra (e também do Cruzeiro): 14 a 0, contra o Alves Nogueira, de Sabará. Essa marca só foi igualada por Dada Maravilha, na década de 70, quando jogava em Pernambuco. Na época jogava pelo Sport, foi durante o Campeonato Pernambucano de 1976. Fez dez gols dos 14 marcados contra o Santo Amaro.

Ninão ajudou o Palestra a bater mais uma marca. O time conquistou os campeonatos de 1929 e 1930 de forma invicta. Até hoje nenhum clube conseguiu superar tão façanha.

Entre 1931 e 1936 atuou pela fortíssima Lazio, marcando 39 gols. Mesmo após encerrar a carreira ainda continuou ligado ao Cruzeiro, sendo treinador da equipe e membro do Conselho Deliberativo em 1942. Seus filhos Fernando e Benito Fantoni jogaram pelo Cruzeiro na década de 60, mantendo a tradição da família no clube.

João Fantoni é o quinto maior artilheiro da história do Cruzeiro e é um grande exemplo de que não precisa ser um gênio da bola para fazer história no futebol.