Cruzeiro jogou com postura de time grande, o resto foi conseqüência


Tomara que esta postura contra o Santo André se repita em outros jogos fora de casa, afinal nós temos mais qualidades então os adversários que se preocupem em nos marcar e correr atrás da bola.

Dentro das quatro linhasSe existia um time que jogou para ganhar ontem este time foi o Cruzeiro, nosso adversário foi acuado desde o início e só saia nos contra-ataques, sinceramente, tivesse M. Paraná mais qualidade nos passes e cruzamentos, já teríamos matado o jogo no primeiro tempo, com uma ressalva para a cobertura nas costas de nossos laterais que é falha, não tem um jogo que não passamos sufoco com jogadas por ali, é simples, erro de posicionamento a ser corrigido em treinamentos, situações de jogo.

Mesmo com o Cruzeiro pressionando e mantendo a posse de bola, não conseguimos abrir o placar na primeira fase, pois W. Paulista não se encontrava, Paraná errava passes demais jogando como terceiro homem com liberdade, e Bernardo tentando entrar no jogo, não se pode cobrar de um jogador que não vinha jogando e as raras vezes que jogava era no time reserva que ele entre de cara e arrebente, principalmente sendo novo. Adilson não dá seqüência para o menino ganhar confiança, pegar ritmo, entrosar, fica difícil. Fica também a defesa de Fábio ao final da primeira fase, salvando o time.

Na segunda etapa, o time paulista resolveu sair mais para o jogo, dando mais espaços, adiantando a marcação, ficou um jogo mais aberto, sofríamos com os contra-ataques, porém chegávamos com mais liberdade pelos lados, principalmente o direito com Jonathan. Adilson fez a substituição óbvia, entrou com T. Ribeiro que se movimenta mais abre espaços para quem vem de trás e com isso ajuda Kleber.

Já na primeira bola ficou clara a eficiência do jogador que deixou o “guerreiro azul” em condições de marcar. Magrão vinha muito mal, errando muito, e a substituição natural por Diego Renan, que venho cobrando não aconteceu, mas sim sacou Bernardo que estava sumido no jogo, mas acabara de cobrar uma falta com eficiência e quase marcou.

Mais uma vez na primeira bola, o garoto Diego fez uma linda jogada, jogada de lateral que bate com as duas, e finalizou com maestria fazendo o segundo gol e dando-nos mais tranqüilidade no jogo. Adilson ainda complicou, não sacando Jonathan que estava cansado, mas colocando um zagueiro, recuando o time muito e chamando o desesperado Santo André para cima, eles criaram alguma chances que por sorte nossa não passamos aperto no final, nosso treinador tem que corrigir esta mania de abdicar de ter a bola nos pés quando está ganhando para jogar nos contra-ataques somente, é muito pouco para um time com o Cruzeiro.

Pontos fortes do time: Fabinho muito seguro na zaga, este jogador vem crescendo muito e quando atingir o mesmo preparo que seus companheiros não sai do time; Elicarlos mostra a mesma regularidade de sempre; Fabrício vem subindo o acerto de seus passes que sempre foram decisivos e isto é bom e por último e sempre nossa muralha azul que está demais.

Pontos fracos: Gerson Magrão e Paraná erram muitos passes, cruzamentos e arremates ao gol; W. Paulista não pode jogar com Kleber, os dois de costas buscando o contato não dá;

P.s.: Adilson colocou o time para jogar como time grande, postura que estamos cobrando há tempos fora de casa, parabéns a ele, porém ao final, recuou o time, tomamos uma pressão desnecessária, pois já não mantínhamos a bola no ataque e em nosso pé como foi o jogo inteiro.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.