07 jan Cruzeiro e o início de uma nova era

Passada a temporada de especulações, os jogadores retomam os treinamentos e nem tanta coisa mudou. Entre os acontecimentos mais expressivos, a saída de Mattos e a chegada de Damião.

Mattos foi uma peça importantíssima na reestruturação do clube, ele tem uma relação muito boa com a imprensa, torcida e passa muita credibilidade. Se hoje o Cruzeiro é a vitrine mais desejada do futebol no país, Mattos tem muitos méritos nisso.

Entretanto, as pessoas passam, o clube fica, e a grandeza tem que permanecer. Se tivemos um 2014 espetacular, queremos agora um 2015 muito melhor, com a vinda do Tri da Libertadores. O time tem a mesma base, e a sede de vitórias vai ter que ser gigantesca.

Damião vem em situação parecida com a de Moreno na temporada passada, com a diferença que ele não tem identificação com o clube e torcida. Se recuperar a confiança, tem tudo pra ser o melhor centroavante do Brasil, assim como foi em 2011. No Cruzeiro, gente para municiá-lo é o que não falta.

Menos um, agora, com a saída de Egídio. Infelizmente, o lateral-esquerdo foi vendido ao clube ucraniano Dnipro, com valor estimado em 3 milhões de euros. O jogador foi nas últimas duas temporadas imprescindível ao time, sendo eleito, em 2014, o melhor na posição jogando no Brasil.

É uma perda muito grande, mas Gilson vem do América assim como Egídio em 2013, sendo o melhor da Série B. Nos resta torcer para dar certo.

Sobre as perspectivas para o ano, neste caso o clichê é muito válido: se chegar ao topo é difícil, é muito mais complicado permanecer. Um fato que nos faz ficar otimistas é que boa parte dos nossos bons jogadores são jovens e promissores. Éverton Ribeiro, Goulart, Lucas Silva e Mayke, todos titulares, têm menos de 25 anos. Leandro Damião, que acaba de chegar, tem 25, Dedé, 26, Willian, 28…Aposto ainda que Judivan vai ganhar espaço e Alisson irá se consolidar como titular.

É um time que já rendeu ótimos frutos e, na teoria, pode acabar rendendo muito mais na próxima temporada. Com os perrengues vividos no ano passado, creio que esses mesmos jogadores vão saber lidar melhor com as situações tensas da Libertadores 2015.

É bom demais começar o ano dessa forma, mas é necessário deixar o comodismo completamente de lado. Isso vale tanto para comissão técnica, jogadores, diretoria como pra torcida. 2015 é um livro em branco para ser escrito com novas páginas heroicas e mortais. E que assim seja!

Por: Thalvanes Guimarães