Cruzeiro desbanca São Paulo e leva o Tri da Copa do Brasil


Depois de conquistar a Copa do Brasil de 1993 e 1996, o Cruzeiro voltou a se sagrar Campeão em 2000.

Com uma campanha invejável, de 12 jogos, 07 vitórias, 05 empates e nenhuma derrota, a equipe da Toca da Raposa ainda balançou as redes dos seus adversários, 29 vezes, sofrendo apenas 11 gols, na competição. A 12º edição teve a presença de 69 equipes, contando com a presença dos cinco times que disputaram a Taça Libertadores da América desse ano já nas oitavas de finais. A competição ao seu todo teve 129 jogos, 385 gols, sendo uma média de 2,98 gols por jogo. Com uma equipe considerável, o Cruzeiro entrou na competição, como um bom mineiro, comendo pelas beiradas.Tendo na equipe, jogadores que se destacavam individualmente, como o lateral esquerdo, Juan Pablo Sorín, o atacante Geovanni e o artilheiro da competição com 10 gols, Oséas.

Os jogos

O time comandado pelo técnico Marco Aurélio estreou na competição com um empate, por 1 a 1, contra o Gama, no estádio Mané Garricha em Brasília-DF, o que dava ao time celeste o direito a empatar a segunda partida, por 0 a 0. No jogo de volta, o que se viu, foi uma sonora goleada da Raposa, por 4 a 1, no Mineirão. Na segunda fase o time Celeste foi ao Paraná e não tomou conhecimento do time do Paraná Clube, vencendo os paranaenses, por 2 a 0, o que classificou o time mineiro. Na terceira fase o time da Toca, mostrou que não estava para brincadeira na competição. Contra o Caxias-RS, partiu para cima e venceu o time da casa por 3 a 1, já no segundo jogo, não poupou o time Gaúcho, aplicando uma considerável goleada de 6 a 1.

Nas oitavas de finais começaram as verdadeiras emoções da competição, as cinco equipes que participaram da Libertadores, foram incluídas na competição. O time da Raposa enfrentou o Atlético PR. Na primeira partida, no Mineirão, o Cruzeiro derrotou os paranaenses por 2 a 1, no jogo de volta, em uma partida disputada, a Raposa arrancou o empate por 2 a 2, na Arena da Baixada. Para a raposa, as quartas de finais, foi marcado por dois jogos complicados.No jogo de ida no Mineirão, o Cruzeiro venceu o Botafogo, por 3 a 2, dando o direito a raposa de jogar pelo empate no jogo de volta, no Rio de Janeiro, e foi justamente o que aconteceu, com o time azul se classificando com um empate, por 0 a 0, no Maracanã.

Na semi final, Minas Gerais, viveu uma grande expectativa de se realizar uma final mineira na Copa do Brasil, mas o que se viu foi a Raposa avançar para o tri campeonato. O time do outro lado da lagoa foi goleado já no primeiro jogo, contra o São Paulo, no Morumbi (3×0) e no jogo de volta empatou por 3 a 3, no Mineirão. Por sua vez raposa, que enfrentava o Santos no Mineirão fez valer o mando de campo e venceu o peixe, por 2 a 0. No jogo de volta mais uma vez, o time estrelado mostrou sua força, arrancando um empate por 2 a 2, na Vila Belmiro, o que classificou o time celeste.

A grande final

Acostumado a desbancar grandes favoritos e badaladas equipes, como o Santos de Pelé em 1966 e o Palmeiras de Rivaldo, Djalminha e companhia, em 1996, a Raposa entrou mais uma vez contra um dos favoritos a conquista da Copa do Brasil, o São Paulo, que na época contava com jogadores consagrados no cenário mundial e nacional.

O tricolor do primeiro jogo, no Morumbi entrou em campo com, Rogério Ceni, Belleti, Edmilson, Rogério Pinheiro e Fábio Aurélio; Alexandre, Maldonado, Raí e Marcelinho Paraíba; Sandro Hiroshi e França; técnico: Levir culpi. O Cruzeiro do técnico Marco Aurélio entrou em campo com, André, Rodrigo, Cris, Clebão e Sorin, Donizete Oliveira, Ricardinho, Marcos Paulo e Jackson; Geovanni e Oséas. Mesmo jogando diante de um temido São Paulo, o Cruzeiro voltou a fazer um bom resultado fora de casa, conseguindo levar a decisão para o Mineirão.

O Jogo

Diante de um público de 85.841, pagantes e com uma enorme festa, o Cruzeiro entrou em campo determinado a levantar o caneco e comemorar o tri campeonato. Já no início da partida, Jackson, mandou uma bola na trave assustando o time paulista, na sobra, o volante Ricardinho perdeu uma oportunidade de abrir o marcador. Em bola pela direita, o zagueiro, Cleber, do Cruzeiro, derrubou o meia, Edu, o arbitro marcou falta. Marcelinho Paraíba ajeitou a bola, chutando direto para o gol, o goleiro Andre ainda tocou na bola que morreu no fundo do gol estrelado, 0x1. Depois do gol o Tricolor paulista voltou a assustar o time celeste, com Alexandre e Marcelinho, ambos batendo na rede pelo lado de fora. Aos 35 minutos, do segundo tempo, começou a reação cruzeirense. O técnico, Marco Aurélio, tirou o meia Jackson e colocou o experiente, Muller. Faltando 10 minutos para o final, Muller enfiou a bola, pela direita para Fábio Junior que tocou na saída do goleiro Rogério Ceni. 1 a 1. Já nos 45 minutos do segundo tempo, Geovanni ganhou na velocidade do zagueiro Rogério Pinheiro, que segurou o atacante cruzeirense e foi expulso. O zagueiro tentou retardar o jogo, enquanto isso, o experiente, Muller dava conselhos “ Geovanni, chuta forte que a barreira esta muito perto” para Geovanni, que escutou o companheiro e chutando forte por baixo da barreira, que atrapalhou a visão do goleiro, Rogerio Ceni, com a bola morrendo no fundo do Gol! E o resto acho que não precisa nem falar, CRUZEIRO TRI CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL.

1º Jogo, 05/07/2000 – Quarta-feira SÃO PAULO-SP 0x0 CRUZEIRO-MG
Local: Morumbi (São Paulo/SP – 21h30);Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO); Público: não divulgado;Cartões Amarelos: Belletti, Alexandre, Maldonado, Marcos Paulo e Ricardinho.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Belletti, Edmílson, Rogério Pinheiro e Fábio Aurélio; Alexandre (Fabiano), Maldonado, Raí (Edu) e Marcelinho Paraíba; Sandro Hiroshi (Carlos Miguel) e França. Técnico: Levir Culpi.

CRUZEIRO: André, Rodrigo, Cris, Cléber e Sorín (Alonso); Donizete Oliveira, Ricardinho, Marcos Paulo e Jackson (Viveros); Geovanni (Müller) e Oséas. Técnico: Marco Aurélio.

2º Jogo, 17/06/2001 – Domingo -CRUZEIRO-MG 2×1 SÃO PAULO-SP
Local: Mineirão (Belo Horizonte/MG – 18h00);Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS); Público: 85.841;Gols: Marcelinho Paraíba 20′, Fábio Júnior 35′ e Geovanni 45′ do 2º;Cartões Amarelos: Sorín, Cléber, Oséas, Maldonado, Raí e Belletti; Expulsão: Rogério Pinheiro 44′ do 2º.

CRUZEIRO: André, Rodrigo (Fábio Júnior), Cris, Cléber e Sorín(Viveros); Donizete Oliveira, Ricardinho, Marcos Paulo e Jackson(Müller); Geovanni e Oséas. Técnico: Marco Aurélio. SÃO PAULO: Rogério Ceni, Belletti, Edmílson, Rogério Pinheiro e Fábio Aurélio; Alexandre (Axel), Maldonado, Raí e Marcelinho Paraíba; Edu (Fabiano) e França (Carlos Miguel). Técnico: Levir Culpi.