Cruzeiro apresenta quatro reforços e torcida espera mais


O Cruzeiro Esporte Clube apresentou nesta quarta-feira (14), quatro reforços para a temporada 2015. Os quatro jogadores (Leandro Damião, Joel, Felipe Seymour e Fabiano) são apostas para a temporada, que chegam para buscar espaço ou recuperarem o prestígio e boas fases, casos de Seymour e Damião.  O evento serviu para mostrar aos sócios convidados na Toca I e os demais cruzeirenses quem são as apostas para os lugares de quem já saiu.

Cada jogador tem sua característica e uma história diferente que motivou a ida para a Toca da Raposa. Seymour se destacou na Universidad de Chile ainda em tempos de Montillo e Victorino, foi para a Itália, mas não joga há seis meses e procura um recomeço. Leandro Damião, sem ter passado por preparações em categorias de base, é outro que busca o retorno de um bom momento. Contratado a peso de ouro pelo Santos junto ao Internacional, não vingou e fez poucos gols.

Fabiano é versátil, se formou como zagueiro na Chapecoense, mas foi deslocado para a lateral-direita. Mais uma aposta para a temporada, sendo uma sombra para Ceará e Mayke, que conviveram com lesões e chegaram a dar lugar para Eurico e Willian Farias, improvisados no setor em alguns jogos finais da temporada passada. Joel foi uma das gratas surpresas do Brasileirão do ano passado. Apareceu pouco no Coritiba de Alex, mas quando apareceu, fez bons gols, como os tentos decisivos contra o São Paulo no Couto Pereira. O Camaronês foi cedido pelo Londrina, clube que pode enfrentar em sua estreia com a camisa celeste, já que um amistoso está agendado para o dia 25.

refocos-cruzeiro-2015-damiaoVejo ainda que faltam reforços. Não que os quatro não sejam bons, mas são poucos. Em um momento de compensação de perdas, é preciso agir rápido para corrigir os buracos que fecharam. Sem Goulart e Egídio, são necessários pelo menos mais um lateral-esquerdo e um meia.  Breno Lopes, hoje, é o mais acostumado com a posição, já que Gilson jogou a Série B pelo América mais como meia, podendo até ajudar na linha de três formada por Marcelo Oliveira. Das duas lacunas, a deixada por Goulart é a mais difícil de ser preenchida. Hoje, no mercado é complicado achar um jogador que faça o que Ricardo fazia, puxar a marcação, velocidade, bons chutes e posicionamento perfeito em sintonia com o centroavante.

O Brasil ainda explora um pouco errado o mercado que tem dentro do próprio país e fora. Se você não acha em um time de Série A um jogador para suprir as perdas no seu time, que mal tem buscar em uma divisão abaixo? No Brasil temos muitos bons jogadores em times medianos, que se destacam a espera de uma grande oportunidade, e nem sempre são vistos. Caso não seja possível achar, o mercado latino também não é bem usado. Apostas caras em jogadores com qualidade inferior, deixando os bons para o mercado europeu.

Por: Matheus Tavares