Cruzeiro acorda a tempo, vira sobre a Caldense e continua líder invicto do Mineiro 2013


Pior do que o primeiro tempo do Cruzeiro só aquele torcedor que fica de butuca nas redes sociais, só esperando o momento para cornetar. Incrível como tem gente que torce mais para ter razão do que para o próprio time, mas tudo bem.

O Cruzeiro realmente começou o jogo bem abaixo do que pode. Tentando impor velocidade para cima da Caldense, do mesmo jeito que tinha feito em todos os jogos até aqui, o time celeste não conseguiu colocar o adversário na roda e deu muito espaço para os contra-ataques.

Com 17 minutos, o Cruzeiro tinha finalizado 4 vezes, mas a Caldense tinha chegado duas com perigo. Aos 19, Léo tirou a bola de cabeça da área e Paulão tentou dominar no peito. A bola escapou, o Caveirão perdeu a calma e acabou fazendo o pênalti ao tentar se recuperar no lance.

Na cobrança, Nena bateu rasteiro no canto esquerdo do gol. Fábio acertou o canto, mas não alcançou e a Caldense abriu o placar no Mineirão.

O Cruzeiro sentiu o gol e se desorganizou muito a partir daí. Faltou calma e a Caldense ainda teve mais algumas chances, principalmente com Chimba.

Sempre que chegou, o Cruzeiro esbarrou no gordinho Gleysson, que não precisa fazer muito esforço pra fechar o gol, já que ocupa grande parte do mesmo só de ficar parado.  

Na reta final do primeiro tempo, o Cruzeiro partiu com tudo pra cima e teve a chance do empate algumas vezes, como, por exemplo, aos 28, com Nilton e aos 32 e aos 39 com Vinícius Araújo. A etapa inicial, no entanto, terminou mesmo com a Caldense a frente no placar.

No segundo tempo, Marcelo Oliveira tirou Nilton para dar lugar a Tinga e Diego, que hoje não foi showza, para a entrada de Élber. Na Caldense, saiu Chimba para dar lugar ao Tinga deles, que tem esse apelido por parecer com o nosso, mas na verdade tem o belíssimo nome de batismo de Dionatan (entendeu?).

A feijoada que serviram na Toca II hoje deve ter sido boa, porque até os 30 minutos do segundo tempo o Cruzeiro estava tirando um belo de um cochilo em campo. Pra se ter ideia, aos 19 minutos eram 23 passes errados do Cruzeiro, contra apenas sete da Caldense.

Aos 20 minutos saiu o Paulão (que além da feijoada parece ter exagerado também na caipirinha), para a entrada de Ricardo Goulart. Com a mexida, Leandro Guerreiro foi para a zaga e o Cruzeiro ficou mais ofensivo.

Élber estava com setinha pra cima. O garoto deu uma de suas arrancadas patenteadas, aos 26 minutos, saiu passando por todo mundo e a bola acabou sobrando para Dagoberto, que chutou firme, mas o Gleysson mostrou o porquê de todo gordinho sofrer bullying na escola, fazendo uma defesa daquelas que só goleiro de clube do interior faz contra o Cruzeiro.

Na sequência, Dagoberto, sempre caindo muito (em todos os sentidos) pelo lado esquerdo, fez aquilo que sempre irritou todos os cruzeirenses quando ele jogava contra a gente, cavou sofreu o pênalti com um belo duplo twist carpado digno de nota 10. Ele mesmo bateu e fez o goleiro gordinho se exercitar um pouquinho ao buscar a bola no fundo das redes da Caldense. Era o gol de empate cruzeirense.

(Momento informação relevante: aos 34 minutos saiu Rossini e entrou Luizinho na Caldense).

Élber, o menino que não consegue parar de correr, iniciou troca de bola com Tinga (o nosso) pela direita e partiu com ela em direção à área até fazer o passe que colocou a bola na cabeça de Ricardo Goulart. GOLart pareceu nem acreditar muito quando a bola entrou mansa no canto direito de Gleysson, que chegou a encostar na bola, mas não o suficiente para evitar o gol da virada celeste.

Apesar da corneta e do futebol pressão baixa até a metade do segundo tempo daquela que foi a pior partida do Cruzeiro em 2013, a Raposa se mantém invicta no ano, e é líder do Ruralito com 19 pontos.

Amanhã, às 21 horas tem Guerreiros em Debate, com tudo o que rolou na partida de hoje. Você pode participar mandando seu comentário pelo Facebook do Guerreiro dos Gramados ou no Twitter, com a hashtag #RadioGDG.