Conhecendo o adversário – River Plate x Cruzeiro – Libertadores 2015


Uma história de respeito e rivalidade que volta a ter mais um capítulo depois de 15 anos. Chamado por uns de “freguês”, o River Plate é talvez um dos times que mais respeitam o Cruzeiro Esporte Clube na América Latina. O destino desses gigantes da Libertadores se cruzaram. O Cruzeiro, com um time reformulado, tenta mostrar que aos trancos e barrancos, é capaz de acabar com o estigma de que “não sabe jogar mata-mata”. Já o River, protagonizou junto ao rival Boca Juniors, a decisão mais estranha da Libertadores, decidida no tribunal.

A polêmica envolvendo torcedores rivais ficou para trás, e com a classificação dos Millionários, veio a máxima, de que não adianta fazer uma boa campanha na primeira fase, é preciso dar o sangue no mata-mata. O clássico argentino foi marcado por muita violência, tanto no primeiro jogo, quanto na parte jogada do segundo. Foi muita pancadaria e um gol só: o do volante Sánchez, no Monumental.

A primeira partida das quartas-de-final da Libertadores da América 2015, também será no Monumental. Cercada de perguntas, sobre uma possível “vingança” de torcedores do Boca pela eliminação, se infiltrando na torcida celeste e também sobre a postura do time de Marcelo Oliveira frente aos argentinos. Não pode ser kamikaze, mas também não pode aceitar a pressão do adversário.

Histórico não joga, mas motiva. São 12 jogos entre River Plate e Cruzeiro e alguns atletas em comum. Da “era moderna”, Sorín é o mais conhecido e mais respeitado pelas duas torcidas. Em 12 jogos, são nove vitórias celestes e três argentinas. Em mata-matas, o Cruzeiro passou em todos que enfrentou o River, uma vez decidindo em Buenos Aires e uma no Mineirão (1992 e 1998).

Cruzeiro e River Plate será o duelo onde um dos Marcelos: Gallardo ou Oliveira, confirmarem que os times renasceram e voltaram a ser respeitados no cenário sulamericano. River voltou na Libertadores mais disputada da história, eliminou o rival, que acabara de fazer a melhor campanha da história do torneio e tirou a invencibilidade de um time considerado “a ser batido”.

Por outro lado, o nosso Cruzeiro foi criticado, crucificado e dado como eliminado em um confronto onde também tinha o retrospecto em mata-matas favorável. Mostrou que torcida e time juntos, em uma camisa tradicional, é capaz de calar qualquer um.

Por: Matheus Tavares Rodrigues