Conhecendo o adversário – América/MG x Cruzeiro – Mineiro 2015


Costumo dizer que um jogo contra o América, não chega a ser chamado de clássico mais. Não pela história dos dois, mas pela falta de graça do futebol atualmente. Com o passar dos anos, o Coelho perdeu a força e até mesmo o respeito em Minas Gerais. Em 2014, até os próprios dirigentes vacilaram com o clube, que poderia ter coroado o excelente ano mineiro com um acesso (merecido) para a elite do futebol nacional. Mas assim como o Cruzeiro, os destaques e referências foram embora. No América, nomes como Obina, Gilson e Pablo deixaram o clube e jovens das categorias de base subiram para o elenco principal, reduzindo a média de idade do time.

O América, nos últimos jogos que pude assistir é um time que requer atenção. Pode fazer um jogo ruim (como em empates contra Caldense e Boa Esporte), como pode vencer e surpreender com os jovens, como nas vitórias contra o Mamoré e principalmente, no melhor jogo deste mineiro, na virada contra o Atlético-MG. Talvez esse seja o jogo seja a maior marca do que esse time do América pode fazer na temporada. Não é um time que vá ganhar a Série B nas costas ou até mesmo eliminar Cruzeiro ou Atlético pra chegar a final do Mineiro, mas vai dar trabalho, se Givanildo Oliveira trabalhar bem os jovens.

Naquele jogo contra o Atlético no Independência, o América tinha um jogador a menos, e saiu de 1×0 para 2×1, com a habilidade dos jovens Bryan e Felipe Amorim e a malandragem de Mancini. O golaço de Bryan voltou a colocar o jovem lateral-esquerdo em evidência. O companheiro de posição de Gilson (que jogava por lá ano passado mais como meia), é um dos nomes a ter atenção, para quem fica responsável pela marcação pelo setor direito de defesa do Cruzeiro.

A mescla de experiência e juventude no Coelho ainda terá o desfalque de Mancini. Por isso, Givanildo deve entrar contra o Cruzeiro em um esquema semelhante ao que Marcelo Oliveira utiliza na Toca II desde 2013. Quatro defensores, cinco meio-campistas (sendo três meias) e apenas um homem na frente. O ex-cruzeirense Leandro Guerreiro ainda não está confirmado e disputa vaga com o jovem Diego Lorenzi. Dos quatro homens da frente, dois são das divisões de base. Felipe Amorim e Renato Silva terão a companhia do centroavante Rubens e de Sávio, dois atletas que se destacaram no SUB-20 americano.

Por: Matheus Tavares Rodrigues