Classificação encaminhada. Só falta convencer.


Salve nação celeste invicta em 2009! Vencemos mais uma partida pela Libertadores. Como se esperava, o Universitário de Sucre não foi páreo para o Cruzeiro no Mineirão e nosso time ficou com a mão em uma das vagas para próxima fase, mas… 
O time não convenceu. Pela 3ª vez seguida o Cruzeiro enfrentou uma retranca e não jogou bem. Não esperava esta dificuldade para vencermos os bolivianos, embora o Estudiantes tenha dado mais dificuldades e a defesa do Sucre tenha sofrido poucos gols até aqui na Libertadores. No entanto, o primeiro tempo do Cruzeiro foi desanimador. Por pouco não dormi com a falta de lances de perigo na primeira etapa. Foi inevitável que os filmes das partidas contra Tupi e América viessem novamente à memória. Até a hipótese de o Cruzeiro sair de campo sem a vitória começou a se materializar na minha cabeça.

No segundo tempo o Cruzeiro foi melhor, mas mesmo assim ficou devendo. Não podemos depender de um pênalti para vencer uma equipe como o Sucre (vale lembrar que o 2º gol já foi nos acréscimos) em pleno Mineirão. Não acho que nenhum jogador foi mal individualmente, mas a equipe ainda não está legal. Falta alguma coisa na hora de deixar as defesas para trás e criar as oportunidades de gol. Ao invés disso, o ataque do Cruzeiro se colocava o tempo inteiro em impedimento. Nem mesmo Ramires foi um grande agente ofensivo hoje.

No entanto, gostei da atuação do Ramires na parte defensiva. O setor defensivo, aliás, está muito bem este ano. Leonardo Silva é a segurança em pessoa na zaga e não perde uma jogada. Fabrício e Paraná desarmam com freqüência, mas a ligação com o ataque não anda boa. Ofensivamente, acho que os destaques foram Thiago Ribeiro, que mostrou como é importante na articulação de jogadas pelas pontas, e Wanderley que deu um gol de presente para Wellington Paulista, que também foi bem. Sorín foi bem ao apoio e novamente esteve perto de balançar as redes.

Analisando os jogadores individualmente somos tentados a achar que a equipe foi bem, mas não foi. Impedimentos e passes errados aconteceram em demasia e precisam ser corrigidos para vencermos os desafios mais difíceis. Todavia, fica a certeza de que não enfrentamos um adversário a altura este ano. O que acontecerá quando o Cruzeiro enfrentar um time aberto? Nossa defesa mostrará que não é tão forte assim ou a criação aproveitará os espaços dados pela defesa adversária? Confio que será a segunda opção, mas uma coisa está ficando clara. Contra retrancas, a máquina azul dá uma emperrada.