Clássico 50/50, por que não? (Cruzeiro 1 x 0 “Alt. Mineiro” – Primeira liga)


Salve, guerreiros!

São muitas questões a explorar. Por que não voltar a ter clássico com as duas torcidas? Só a do Cruzeiro esteve presente hoje. Por que não sujar a camisa do Rafael? Na verdade, por que não voltar a ter clássico? Só um time esteve em campo hoje, e foi o Cruzeiro Esporte Clube. Dominou completamente as ações do jogo. Marcação encaixada não permitiu a criação de jogadas do time de Roger “Guardiola” Machado. O “obsoleto” Mano Menezes colocou o novo supra-sumo dos técnicos do Brasil no bolso. Que noite memorável! Mesmo contra a arbitragem, a Raposa se impôs, e não deu chances ao “Alt. Mineiro”. São seis (6), seis eu disse, clássicos mineiros sem derrota. Esse número nos persegue.

Primeiro tempo

Um time aguerrido bem ao estilo Mano de apresentar seu futebol. Firme na marcação, com um jogo bem coletivo onde todos os atletas fizeram parte. Diziam que o uruguaio De Arrascaeta não podia marcar, balela! Ele, Sóbis e Alisson formaram a primeira linha de combate que dificultou bastante a saída de bola do código de barras. Robinho, Henrique e Ariel Cabral em seguida desmontavam a criação do time zebrado. As laterais também portaram-se muito bem, e por fim, a zaga com Léo e Manoel não tomou nenhum susto. Ótimo para Rafael, que senão fosse o aquecimento, nem teria suado a camisa.

Um lançamento muito preciso de Ariel Cabral, e uma cabeçada errada do Felipe Santana deram ao camisa dez celeste a oportunidade perfeita de gol. O Uruguaio avançou de frente com o goleiro Nepomuceno (é o não é a cara do presidente que gosta de distribuir placas?), driblou e empurrou a bola com carinho para o gol vazio. A totalidade dos torcedores que foram ao Mineirão explodiu em festa. O gol trouxe um certo ímpeto ao “lado negro” da fraqueza que ensaiou pequena reação, mas parou na eficientíssima marcação estrelada. O Cruzeiro apenas tratou de cozinhar o galináceo até o fim desta etapa da partida.

Segundo tempo

Nesta etapa, Henrique que sentiu a coxa em dividida com Iago (que deveria ter sido expulso), dá lugar a boa estréia de Hudson, contratado junto ao São Paulo. Apesar de um pouco atabalhoado nos passes, fez bem alguns desarmes e encurtou com maestria a distância para os jogadores alvinegros, impedindo suas ações. As únicas ameaças do Atlético ao gol de Rafael eram nas bolas paradas, mas nem assim, o clube da torcida que não foi, conseguiu assustar.

Com as entradas de Rafinha e Ábila nos lugares de De Arrascaeta e Sobis, o Cruzeiro ganhou fôlego para manter a bola no ataque, e portanto, longe de seu gol. Essa dupla infernizou o fim de jogo até mesmo depois da desigualdade numérica após a expulsão de Robinho. A reclamação do Mano rendeu também ao treinador a exclusão na partida. Mesmo após decretar o acréscimo “até o Atlético empatar” o juizão não conseguiu nos tirar a vitória.

Ouro e Lata

Guerreiro de Ouro vai para o nome do jogo, Ariel Cabral só não fez chover. Lançamento na medida, mesmo contando com desvio, para De Arrascaeta marcar o único gol da partida. Guerreiro de lata fica com Sobis apenas pelo gol perdido ante Giovanni “Nepomuceno”.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 X 0 ATLÉTICO-MG

Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data-hora: 1/2/2017 – 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Wanderson Alves de Souza (MG)
Auxiliares: Auxiliares: Luiz Antônio Barbosa (MG) e Felipe Alan de Oliveira (MG)
Cartões amarelos: Rafael Sóbis, Robinho e Ezequiel (CRU); Yago, Lucas Pratto, Ralph, Fábio Santos e Gabriel (CAM)
Cartões vermelhos: Robinho, 42’2ºT (CRU)

Gol: Arrascaeta, 27’/1ºT(1-0).

CRUZEIRO: Rafael, Ezequiel, Léo, Manoel e Diogo Barbosa; Henrique (Hudson, Intervalo), Ariel Cabral e Robinho; Alisson, Rafael Sóbis (Ábila, 28’/2ºT) e Arrascaeta (Rafinha, 36’/2ºT) – Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-MG: Giovanni, Marcos Rocha, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Yago (Ralph, Intervalo), Otero, Maicosuel (Clayton, 28’/2ºT) e Cazares (Rafael Moura, 40’/2ºT); Lucas Pratto – Técnico: Roger Machado.

Voltamos ao desnecessário Campeonato Mineiro. O próximo confronto e contra outro Atlético, o Tricordiano. Será disputado também no Mineirão no próximo domingo. Até lá, China Azul. Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr