Balanço Celeste parte 4: Equipe técnica


Depois de alguns dias sem textos da série Balanço Celeste, principalmente pela semana conturbada no Cruzeiro, com o aniversário de 98 anos e o “Caso Arrascaeta”, volto hoje a escrever, dessa vez falando os principais destaques da equipe técnica celeste.

E não podia começar com outra pessoa que não Mano Menezes. Muitas pessoas tratam o treinador como o principal motivo do sucesso do Cruzeiro nos últimos anos e responsável não só pelos trabalhos técnicos do time, mas também como gestor. Quase um Manager, como diria Vanderlei Luxemburgo.

Mas se Mano Menezes terminou 2018 em alta, o início do ano não foi assim. O Cruzeiro apresentou muitas dificuldades no início da temporada e passou por momentos de tensão na Copa Libertadores e Campeonato Mineiro. Com sua equipe apresentando um futebol fraco e excessivamente cauteloso, Mano passou a ser duramente criticado e alguns dos mais radicais chegaram a pedir sua saída. A já tão falada teimosia do treinador, parecia mais forte do que nunca e ele insistia em atletas e formações que não davam resultado: Rafinha e Ariel Cabral como titulares, Thiago Neves de Falso 9, futebol desnecessariamente reativo, inclusive contra equipes mais fracas e problemas defensivos começaram a minar a paciência do torcedor.

Só que o inesperado por muitos aconteceu e Mano parou de se agarrar a suas filosofias e mudou o time, melhorando drasticamente o desempenho da equipe. As entradas de Sassá, Arrascaeta e Lucas Silva deixaram o time muito mais qualificado e forte ofensivamente. E na defesa a volta de Dedé resolveu praticamente toda a questão defensiva celeste.

Com um time mais forte, Mano Menezes desenvolveu um futebol coeso e eficiente. Muitas vezes pouco vistoso, é verdade, mas que tornou o Cruzeiro (pelo menos o titular) uma equipe difícil de ser batida. E apesar de estar longe de apresentar um futebol mágico, o time celeste teve seus momentos de brilhantismo, como as aulas de contra-ataque contra Palmeiras e Corinthians, talvez a maior virtude desse time, e o atropelo sobre o Flamengo, fora de casa, na Libertadores. Fim do ano e mais um título, o bi (hexa) da Copa do Brasil, com participação importante de Mano Menezes.

Outro departamento do Cruzeiro que tem que ser exaltado pelo desempenho em 2018 é o médico. Após passar por reformulação e aquisição de novos aparelhos, o problema com lesões recorrentes a temporadas teve grande melhora. A cura de Dedé, maiores sequências de Robinho e Arrascaeta, são algumas das melhorias que merecem destaque. Claro que ainda ocorreram problemas, como as graves lesões de Fred e Sassá e as recorrentes visitas de Raniel e Edilson ao “DM”. Mas numa temporada longa e exaustiva como a brasileira, o saldo foi melhor que o esperado, sendo, com certeza um dos pontos principais do sucesso da equipe no ano.

Destaque

Um setor da equipe técnica que merece menção honrosa, não só por esse ano, mas por tudo que vem fazendo há um bom tempo no Cruzeiro é a preparação de goleiros. Roberto Barbosa, o Robertinho, e companhia fazem do time celeste cada vez uma referência maior em formação e preparação de goleiros.

Foto: Uarlen Valerio Foto: Uarlen Valerio

Com técnicas e aparelhagem inovadoras e treino pesado, os goleiros da equipe estrelada são destaque há anos no futebol nacional e internacional. Em 2018 cinco arqueiros estiveram nos treinos da equipe principal: Fábio, sem dúvida alguma o melhor goleiro do Brasil, Rafael, seu reserva imediato e considero por muitos melhor goleiro que os titulares de boa parte das equipes da Série A e Lucas França, Victor Eudes e Gabriel Brazão, todos jovens e promissores, sendo o último destes uma das principais promessas do futebol brasileiro, já tendo sido convocado pelo técnico Tite para treinamentos com a equipe principal da Seleção Brasileira.

No próximo texto, falarei dos jogadores contratados em 2018. Até lá!!!

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