Até o último apito


Até o último apito - Cruzeiro Esporte Clube

Estive sem escrever durante um tempo e tenho acompanhado a todos os programas esportivos, de todas as emissoras de TV. O apoio de certos comentaristas me assustam e ao mesmo tempo me confortam. Aqueles como Caio Ribeiro, PVC, André Rizek e Alexandre Oliveira, que ao meu ver são os melhores presentes na telinha, colocam o Cruzeiro como um time humilde e ou grandioso. Não simplesmente um líder isolado. Outros ou até mesmo os próprios, menosprezavam no início do campeonato e mal sabiam o que estavam por vir.

Muitos torcedores de todos os cantos do país e jornalistas do eixo, classificam o Campeonato Brasileiro como fraco, pelo simples fato de tua preferência não ter a menor chance de ser campeão. Não pessoal, a competição não é fraca. É o meu time que é superior demais ao seus. Temos algo que nenhum time hoje tem: confiança, humildade, sintonia e união. É como um nado sincronizado. Um entende o outro. Ninguém é melhor que ninguém. Um acompanha o outro sem medo de atacar ou de defender.

Com o apoio da torcida de todas as maneiras e com a inteligência de Alexandre Mattos, o time chegou aonde está hoje. Não foi preciso um “dinheiro bônus” de certas emissoras de TV. Contratamos 13 jogadores de diversas características e faixa etárias. Poderia ser tudo ou nada. Lembro de até ter feito um texto exatamente sobre isso no início do ano. Para alegria da China Azul, deu em “tudo”.

Há 10 anos (e não 42) não conquistávamos um título de expressão. Não que isso faça que o Cruzeiro seja menor do que é, com todos seus títulos, páginas heroicas e imortais. Mas isso dava liberdade a oposição para que falasse o que bem entendesse do Melhor Time do Século XX. Agora, a palavra Cruzeiro soa como um mantra pra uns e terror para outros. Há um respeito incondicional quando se trata do Maior de Minas.

Aquele que bateu o Santos de Pelé em 1966 e o Santos de Robinho em 2003, hoje só tem um adversário a sua altura: ele mesmo. Não digo que ganharemos do Grêmio e não tenho a ousadia de dizer que seremos campeões Domingo. Mas digo e repito: esse ano é nosso.

Um ano que era para ser alvinegro. O 13 do Galo agora carrega as cores azul e branca da melhor forma possível. Estamos conquistando o campeonato mais difícil do mundo. Composto por 38 rodadas, o Cruzeiro é o líder isolado com 13 pontos a frente do vice colocado, já na 32ª rodada. O time está próximo de conquistar uma marca histórica e inédita, faltando 5 jogos para acabar o campeonato: vencer todos os seus adversários no Brasileirão.

Não é apenas os três pontos que se multiplicam que comovem o Brasil. São as jogadas, os dribles, os gols incríveis e o canto da torcida. O gigante acordou. Que domingo seja um dia azul e branco. Que o tricampeonato venha da forma mais impressionante. Pode não ter graça pra vocês o campeonato acabar agora. E quem disse que vai acabar? Time de verdade joga até o último apito!