19 set Ataque não funciona e Cruzeiro tropeça no América
Cruzeiro e América fizeram um jogo de bastante correria, mas de pouquíssimo talento na Arena do Jacaré neste domingo. A partida foi marcada pela ineficiência das equipes na parte ofensiva e raras chances efetivas de gol. Fábio sequer sujou suas luvas e Neneca teve que realizar algumas defesas, mas quase sempre sem grande dificuldade.
O jogo começou com o América tomando a iniciativa, mas sem conseguir penetrar na área celeste. Aos poucos, porém, o Cruzeiro foi se acertando e passando a ter maior posse de bola, mas também sem ameaçar a meta rival.
O primeiro lance de perigo da partida foi uma finalização de Charles que passou do lado direito do gol de Neneca. O volante, aliás, teria ainda mais quatro oportunidades ao longo da partida e seria a peça mais perigosa do time celeste durante todo o jogo.
A melhor chance de gol do jogo, porém, viria para o América aos 25 minutos e só não terminou em gol porque o atacante André Dias estava em impedimento no momento da finalização.
Montillo era acionado a todo momento, mas sentia a boa marcação do volante Dudu que praticamente não deixou o armador argentino jogar. O volante americano, no entanto, se machucou e foi substituído por Leandro Ferreira ainda no primeiro tempo permitindo que Montillo passasse a ter mais liberdade.
Pouco tempo depois da substitução, Montillo avançou pelo lado direito do ataque e achou Bobô livre na área americana, mas o atacante desperdiçou a melhor chance de gol do Cruzeiro na partida.
Na segunda etapa os dois times se lançaram ainda mais ao ataque, uma vez que o empate não agradava ninguém. A entrada de Keirrison no lugar de Bobô logo após o intervalo não surtiu efeito e, aos poucos, o América foi assumindo o controle da partida.
O lateral direito Marcos Rocha fazia o que queria com Éverton, que errou até cobrança de lateral, mas esbarrava na bem postada zaga cruzeirense, especialmente Victorino que retornou com a categoria de sempre. O melhor momento americano, no entanto, resultava apenas em bolas cruzadas pela área celeste sem grande perigo.
Sentindo a queda de produção do Cruzeiro, o treinador Emerson Ávila lançou o garoto Gil Bahia no lugar de Diego Renan, cansado, e a Raposa equilibrou novamente a partida. Já Givanildo de Oliveira, sentindo o cansaço do armador Irênio, lançou Luciano no lugar e a produção ofensiva americana ficou mais eficiente.
André Dias e Kempes, pelo lado americano, e Charles, mais uma vez, pelo lado cruzeirense desperdiçaram boas chances e o placar seguiu inalterado. Como última tentativa, Ávila colocou o jovem Élber no lugar de Ortigoza, pouco produtivo durante todo o jogo, e o Cruzeiro iniciou uma verdadeira blitz sobre o Coelho.
Aos 36 minutos um lance que poderia mudar a partida. Élber invadiu a defesa americana e foi derrubado de forma dura pelo volante Amaral, já com cartão amarelo. O árbitro, porém, mandou seguir.
Nos minutos finais, a pressão celeste esbarrava na ineficência do ataque e o América ameaçava nos contra-ataques, mas finalizava sem precisão. A dificuldade das equipes em finalizar com perigo era tamanha que o 0 a 0 no placar seguiria até o fim atestando, mais uma vez, a inoperância da linha ofensiva cinco estrelas
CRUZEIRO 0 X 0 AMÉRICA-MG
Data: 18/09/2011 (sábado)
Motivo: 24ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique/RJ (Fifa)
Público: 7.892 pagantes
Renda: R$ 128.905,00
CRUZEIRO
Fábio; Diego Renan (Gil Bahia), Léo, Victorino e Everton; Marquinhos Paraná, Charles, Roger e Montillo; Bobô (Keirrison) e Ortigoza (Elber)
Técnico: Emerson Ávila
AMÉRICA-MG
Neneca; Anderson, Micão e Otávio; Marcos Rocha, Dudu (Leandro Ferreira), Amaral, Irênio (Rodriguinho) e Gilson; André Dias e Kempes (Luciano)
Técnico: Givanildo Oliveira
Cartões amarelos: Kempes, Otávio e Amaral (América-MG); Roger, Victorino, Charles e Elber (Cruzeiro)
João Henrique Castro (@jhfcastro), tem 23 anos. Mineiro radicado no Rio de Janeiro,graduado em História pela Universidade Federal de Viçosa, mestrando pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História. Realiza no Guerreiro dos Gramados, o sonho de poder dividir com a China Azul os seus pensamentos sobre o nosso amado Cruzeiro Esporte Clube. Raramente perde uma partida do clube, mesmo não podendo ir freqüentemente ao estádio. Siga o GDG no twitter: @gdosgramados. |