Análise das equipes do Brasileirão 2018: Parte 3 (Quem sabe um G-7, G-8)


Salve nação celeste! Hora de falarmos das equipes que tem cara de meio de tabela, mas almejam ao menos uma vaga na Libertadores se aproveitando do número de vagas disponíveis para o futebol brasileiro.

Atlético-MG e o trio carioca formado por Botafogo, Fluminense e Vasco tem apresentado um desempenho irregular, mas a classificação pode ser uma realidade para estas equipes. Por outro lado, o sinal amarelo para este grupo tem que estar ligado para a parte de baixo da tabela não se aproximar.

Atlético-MG: No Brasileirão 2017: 9º colocado.

No Estadual 2018: Vice-campeão.

Competição paralela: Enfrenta a Chapecoense pelas oitavas de final da Copa do Brasil após eliminar Atlético (AC), Botafogo (PB), Figueirense e Ferroviário nas fases anteriores. Na Sul-Americana, encara o San Lorenzo e perdeu o duelo de ida por 1×0 em Buenos Aires.

Melhor classificação em Brasileiros: Campeão em 1971.

Análise: O Atlético-MG tem feito um ano bastante irregular. Sucessivos tropeços no Campeonato Mineiro fizeram os alvinegros se classificarem para o mata-mata atrás do América e na Copa do Brasil sustos contra Atlético-AC e Figueirense, rivais que não foram superados no tempo normal, foram realidade e conviveram com um baixo número de boas apresentações.

O goleiro Victor até tem se apresentado em boa forma, mas outros nomes experientes como Elias estão devendo. Nas vitórias da equipe de Thiago Larghi, muitas vezes a salvação veio nos chutes diferenciados de Otero, mas o jogo coletivo segue sem convencer e permitir ao time alvinegro voos maiores.

Botafogo: No Brasileirão 2017: 10º colocado.

No Estadual 2018: Campeão carioca.

Competição paralela: Foi eliminado pela Aparecidense na primeira fase da Copa do Brasil. Na Sul-Americana, encara o Audax Italiano e venceu o duelo de ida por 2×1 no Chile.

Melhor classificação em Brasileiros: Campeão em 1968 e 1995.

Análise: Com constantes problemas financeiros, o Botafogo virou uma indústria de revelação de bons nomes na mesma medida em que, frequentemente, é desfalcado pelos rivais com maior potencial financeiro.

Diante desta realidade, o alvinegro concilia bons momentos com tropeços inesperados como a eliminação para a Aparecidense na Copa do Brasil. Sob o comando de Alberto Valentim, o alvinegro aposta em peças como Gatito, Joel Carli, Igor Rabello e Rodrigo Pimpão. Pouco para sonhos altos, mas provavelmente o suficiente para uma campanha segura.

Fluminense: No Brasileirão 2017: 14º colocado.

No Estadual 2018: 4º lugar no Carioca.

Competição paralela: Foi eliminado pelo Avaí na primeira fase da Copa do Brasil. Na Sul-Americana, encara o Nacional Potosí e venceu o duelo de ida por 3×0 no Maracanã.

Melhor classificação em Brasileiros: Campeão em 1970, 1984, 2010 e 2012.

Análise: Em dificuldade desde o fim da parceria com a Unimed, o Tricolor carioca tem se acostumado a formar times com a fusão de valores da base e alguns nomes experientes, mas sem muito destaque, no futebol nacional.

Em 2018, a fórmula resultou até aqui em algumas boas apresentações, principalmente em clássicos estaduais, mas também em alguns vexames como as duas derrotas para o Avaí na Copa do Brasil. De todo modo, Abel Braga conseguiu estabelecer um padrão minimamente consistente na equipe que se beneficia, ainda, dos gols de Pedro para tentar fazer uma campanha mais que intermediária no Brasileirão.

Vasco: No Brasileirão 2017: 7º colocado.

No Estadual 2018: Vice-campeão carioca.

Competição paralela: Está na lanterna do Grupo 5 da Copa Libertadores, composto também por Cruzeiro, Racing e Universidad de Chile. Na fase preliminar do torneio, eliminou a Universidad Concepción (Chile) e o Jorge Wilstermann (Bolívia). Na Copa do Brasil, encara o Bahia nas oitavas de final. O Vasco estreia nesta etapa por estar participando da Copa Libertadores nesta temporada.

Melhor classificação em Brasileiros: Campeão em 1974, 1989, 1997 e 2000.

Análise: O Vasco segue o seu processo de reconstrução após três rebaixamentos nos últimos dez anos no Brasileirão. A campanha segura da última edição, em que o cruzmaltino alcançou uma vaga na Libertadores, é, inclusive, fonte de inspiração no clube.

A dificuldade de se impor no Grupo 5 da Copa Libertadores, onde foi derrotado pela Universidad do Chile em casa e goleado pelo Racing em Buenos Aires, ilustra como o Vasco parece estar abaixo das principais forças do futebol brasileiro. Com esperança em nomes como o goleiro Martin Silva e o jovem Paulinho, já assediado pelo futebol europeu e atualmente fora de combate por uma lesão no ombro, o treinador Zé Ricardo sabe que repetir 2017 e voltar a Libertadores mais um ano já seria um grande feito.