Ainda não acabou (Palmeiras 2 x 1 Cruzeiro) Copa do Brasil 2015


Salve Guerreiros. Não cometerei o mesmo erro de uma semana atrás quando, ao elogiar e acreditar em uma crescente do Cruzeiro após dois bons jogos (Sport e Palmeiras), o time despencou no placar e no futebol diante do grande Joinville e do desfalcado Internacional. No entanto, não posso mentir e dizer que não gostei do que vi contra o Palmeiras pela Copa do Brasil, afinal, o Cruzeiro realmente me surpreendeu positivamente, mas nada que possa encher os olhos e criar expectativa na China Azul.

Falando do jogo, o Cruzeiro foi valente. Mesmo tendo sofrido um gol logo aos 07 minutos do primeiro tempo, o time não se abateu e pressionou o Palmeiras que, cá entre nós, não é grande coisa como imaginávamos.

Mesmo permanecendo no campo de ataque e tocando bem a bola, a Raposa sentiu (e muito) a falta de treinos e inteligência tática, errando muito o último passe e não conseguindo acertar um cruzamento, seja com bola rolando seja com escanteios.

Já na etapa complementar, o time celeste chegou ao empate com um belo chute de perna esquerda de Leandro Damião, encerrando um longo jejum de mais de dois meses sem balançar as redes (último gol do centroavante havia sido no dia 16 de junho, contra o Vasco).

Com o empate, o Palmeiras passou a frequentar mais o campo de ataque, pressionando a saída de bola do Cruzeiro. Não demorou muito para os paulistas voltarem a marcar. Após receber a bola de Zé Roberto, Dudu cruzou na cabeça de Rafael Marques que mandou no contra pé de Fábio. O mais inacreditável foi a liberdade que o atacante palmeirense teve dentro da área, conseguindo a proeza de se desmarcar de Mayke sem precisar sair do lugar.

Estando novamente atrás do placar, o Cruzeiro voltou a pressionar o Palmeiras, mas novamente esbarrou na falta de treinos e nos péssimos cruzamentos, principalmente os de Mayke. Luxemburgo mexeu (mal) no time, tirando a velocidade de Marquinhos e colocando Vinicius Araújo para jogar pelo lado direito. A posse de bola era toda do Cruzeiro, que trocava passes no campo de ataque sem sucesso. Precisando de um passe vertical e mais qualificado, o treinador sacou Charles e colocou o argentino Cabral – que acabou perdendo um gol incrível no final do jogo – e não ajudando muito o Cruzeiro no setor ofensivo. A terceira alteração veio até minutos depois, saindo o cansado Alisson e entrando Giorgian De Arrascaeta, o único uruguaio sem raça neste planeta. Embora Arrascaeta continue animando a torcida sempre que está para entrar, o “cocho” não tem se justificado em nenhum sentido, não obtendo sucesso em dribles e jogadas de velocidade. Eu vou citar o grande jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC), que deu a grande ideia de trocar o GPS de monitoramentos de cansaço por um aparelho de choque e apertá-lo de 5 em 5 minutos. Talvez seja o único jeito de fazer o uruguaio acordar durante os jogos.

Com a derrota por 2 x 1, nós precisamos de um placar mínimo para passarmos às quartas de final da Copa do Brasil. Os jogadores e o treinador já pediram, e eu também vou reforçar o coro. Vamos lotar o Mineirão na quarta feira e empurrar o Cruzeiro rumo a mais uma vitória. Eu sei que o futebol apresentado pelo time está dando calo nos olhos porém, eu não me lembro de um caso no futebol em que um time, medíocre tecnicamente e mal treinado, cresce em competições pontos corridos e mata-mata sem apoio da torcida. Juntos somos mais fortes, avante Cruzeiro!

Por: Paulo Pianetti