13 nov Agora sim, pode começar a faxina

A difícil vitória frente ao Bahia deveria ser o início da limpeza urgente que o Cruzeiro necessita, em praticamente todos os setores do clube.

Amigos leitores, vou ser direto como sempre, é hora de chamar as diaristas, as empregadas domésticas, os funcionários da SLU e, se precisar, até da Vigilância Sanitária.

O Cruzeiro, time mais vencedor de Minas Gerais, precisa de uma faxina, uma limpeza urgente, porque está infestado, infectado e imundo, diante de tanta lama espalhada no clube.

Vamos começar “de baixo para cima”, ou seja, primeiro os jogadores.

Sandro Silva, o primeiro a sair, não marca, não passa, um incompetente que, para piorar, não tem nenhuma responsabilidade. Fez duas faltas seguidas, foi expulso justamente, e quase prejudicou o time num momento decisivo do jogo.

Anselmo Ramon, finalmente teve aquilo que parte da torcida queria – inclusive eu – uma sequência como titular. E ele fez o quê? Provou que não serve para o Cruzeiro. Errou vários lances, contra o Bahia foi um festival de jogadas bisonhas, apesar de participar de dois gols. Se o Cruzeiro quer títulos em 2013, não pode contar com um mais um “cone” como este atleta.

Marcelo Oliveira? Ele marcou alguém? E Tinga de camisa 10, me fazendo lembrar as vezes que Adílson Batista escalava Marquinhos Paraná com a camisa sagrada que vestiu talentos como Alex, Dirceu Lopes e outros.

Estes podem ir embora, além da tropa de zagueiros “poste” como Mateus e Rafael Donato, Diego Renan que há dois anos esqueceu de como se joga futebol profissional, volantes que não marcam e não resolvem como Charles e William Magrão, atacantes que não têm o mínimo de qualidade, como Wellington Paulista, Wallyson e Fabinho (apesar de ter jogado com raça).

Aliás, dá para contar nos dedos os jogadores que merecem ficar no Cruzeiro para 2012 – Fábio e Rafael (goleiros), Éverton (não na lateral, na meia, posição original), Léo e, com um pouco de boa vontade, Alex Silva (se renovar o empréstimo), Victorino (ainda merece uma última chance) e Thiago Carvalho (apesar de assustar a torcida por algumas vezes).

Além destes, Lucas Silva e Élber (da base), Leandro Guerreiro (pelo futebol eficiente e pelo profissionalismo), Diego Arias (jogou pouco mas mostrou ser melhor que muitos) Montillo (se não vier uma boa proposta para ele sair, como estão dizendo), Souza (que está sendo mal aproveitado) Martinuccio (só de ele bater na bola, dá pra ver que ele conhece do assunto) e Borges (artilheiro eficiente).

O resto? Empresta para Série B, para Série C ou para Série D (onde eles merecem estar). Ou então chama um caminhão da Prefeitura e manda despachar todo mundo para o aterro sanitário.

E não basta tirar os jogadores. Tem que mudar esta diretoria, a começar pelo presidente Gilvan que, em termos de futebol, mostrou ser pior que um analfabeto funcional. Um moleirão, um verdadeiro “motivo de piada para todos” que não tem capacidade, competência nem experiência para ser presidente do Cruzeiro.

Além de Gilvan, tem que varrer os demais inúteis que se dizem “profissionais do futebol” mas estão merecendo mais do que uma simples “advertência” estão é cometendo “atos de falta grave” por contratar e negociar atletas fracos em 2012 e, também, fazendo um planejamento medíocre para 2013, com nomes do calibre baixo como de Marcelo Oliveira, Ananias da Portuguesa, Alex Alves zagueiro não-sei-de-onde, Egídio e Ricardo Goulart do Goiás, tem também um outro zagueiro daquele time do Anzhi onde jogou o Roberto Carlos.

E o técnico? É simples, se este presidente Gilvan tivesse moral, tivesse pulso firme e tivesse caráter de dirigente vencedor, na semana passada teria demitido Celso Roth, assim que ele falou “a torcida pode ficar tranquila que em 2013 vou sair”.

Para qualquer “chefe” que sabe ser um verdadeiro lider, era para mandar o cara para o olho da rua na mesma hora. Querem um exemplo recente? Quando Adílson Batista anunciou que ia sair do Cruzeiro em 2010, depois de empatar com o Santos no Mineirão, ele disse “domingo faço meu último jogo em Goiânia, depois, um abraço”. Ele não fez nem este “último jogo”, foi liberado antes.

Agora a torcida deve rezar para que aconteça uma “faxina milagrosa” antes de 2013 começar. O ideal seria tirar o presidente, esta diretoria, este técnico e os atletas que não prestam. Outra opção, igualmente difícil de acontecer, é esperar que o presidente Gilvan aprenda pelo menos um pouco de futebol, que a diretoria deixe de ser cega e omissa, para contratar jogadores decentes, que o novo técnico seja competente com pulso firme, e que o elenco do Cruzeiro seja renovado com atletas de qualidade, que estejam com vontade de jogar bola.

2012 nem acabou e já estamos preocupados com 2013. É isto que acontece quando se coloca um clube vencedor como o Cruzeiro nas mãos – e nos pés – de pessoas como as que estão hoje no comando.

Abraços a todos.