16 set A matemática que vale
Três verdades precisam ser ditas. Corajosamente ditas.
Primeiro: o Cruzeiro é favorito contra o Botafogo. O que não deve ser confundido com “já ganhou”.
Segundo: o Mineirão tem sido incrivelmente favorável à equipe celeste. Quem cai lá, vira presa fácil para a Raposa.
Terceiro: o Maior de Minas tem mais pinta de campeão que o valente Botafogo. Por vários fatores. Elenco, consistência tática, qualidade técnica, experiência do grupo…
Basta, porém, um pouquinho de vivência de futebol para saber que esse esporte não é matemática. Nunca foi.
Tem até quem arrisque fazer uma tal de “classificação planejada”, reduzindo o ludopédio a uma ciência exata. Das coisas mais bizarras que já vi.
Futebol não é isso. Futebol é jogado. É transpiração, é improviso, é superação… é tanta coisa que não dá para ser reduzido a uma fórmula exata.
Já vi o Cruzeiro ser favorito e perder, como para o Once Caldas, em 2011. Como já vi o time celeste entrar derrotado e vencer, como contra o Palmeiras, na Copa do Brasil de 1996.
Portanto, trabalhar com essas três verdades não é para os jogadores e comissão técnica. Apenas ao torcedor e à imprensa é dado o direito de trabalhar com essas constatações.
Aos guerreiros, cabe entrar em campo na certeza de que a única matemática que vale é aquela que indica, após o apito final, que o Cruzeiro fez mais gols que o adversário.
Ou muito me engano?