A mania de gritar: É campeão!


Acostumada a entoar esse grito pela garganta a torcida azul e branca não perdoou os três anos do técnico Adilson Batista frente o Cruzeiro e se irritou com a falta de títulos do ex comandante celeste.  A conquista de títulos sempre foi algo primordial para a China Azul, que nós últimos anos  vem sofrendo com uma escassez complicada. O presidente perdeu o gosto de gritar “É campeão”, mas parte da torcida não.

Apesar de muitos quererem a continuidade, no trabalho do ex-técnico, vejo que essa sequencia já estourou o seu limite, são três anos de trabalho com uma única conquista, o Campeonato Mineiro. Satisfeitos com o Campeonato Mineiro? Lógico que não, um time como o Cruzeiro não pode se satisfizer com conquistas estaduais.

Três anos é muito tempo, é tempo que nunca tinha visto um treinador ser mantido, na Raposa sem conquistar nenhum título de expressão. Treinadores piores que Adilson e de pouca expressão precisaram de muito menos tempo para levantar taças. Impossível ficar satisfeito com três anos sem conquista, esse histórico não é do Cruzeiro.

Uns falam que não tivemos jogadores, por isso o fracasso do treinador, mas ano passado tínhamos sim. Um time competitivo, que contava com Ramires, Kléber, Wagner, Fábio, Jonathan e Thiago Ribeiro, jogadores respeitados no Brasil, mas que amarelaram contra o Estudientes. Em 2008 foi à covardia ou o medo do treinador que tirou a vaga do Cruzeiro, contra o Boca.

A culpa foi só de Adilson Batista? Não, a culpa é de toda a direção, começando pelo Zezé Perrela que desde 2003, não ganhou mais nada. Em 2010 não contratou e deixou a barca andar com um lateral improvisado no meio de campo. Na verdade a culpa é de um conjunto, que envolve todos: Jogadores, Zezé Perrela, Adilson e o demitido Maluf, responsável pelo futebol do clube, mas lembrando que ninguém sabe o que acontece internamente, somos reféns de dentro do campo. São mil informações para uma ser acertada no chute de poucos.

O mais importante agora é rolar a bola para frente e lembrar que o Cruzeiro nunca foi refém de um treinador. O Cruzeiro é Bi Campeão da Libertadores sem Luxemburgo, é Bi Brasileiro sem Adilson Batista. É a bola que segue e o Cruzeiro que move.

Muito obrigado, Adilson Batista, que continue sendo mais um dos 8 milhões cruzeirenses espalhados por todo o Brasil, para quem sabe um dia voltar para o sexto melhor time do mundo.

Vamos Vamos Cruzeiro