A Imprensa, o Salário, o Cidadão e a Ética


A Imprensa, o Salário, o Cidadão e a Ética

Salve Guerreiros! Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que não pretendo generalizar quando uso o termo “Imprensa” no título do texto, porque minha intenção não é nem de longe colocar todos os profissionais no mesmo saco, aliás, os profissionais certamente não estarão dentro desse saco, mas aqueles a quem faltam outro elemento presente no título, a “Ética”, esses estão longe de poder serem chamados de profissionais.

Essa semana foi amplamente veiculado de forma tendenciosa o suposto salário do jogador, cidadão, homem, profissional e pai de família, Júlio Baptista. Não pretendo também ficar falando em valores monetários aqui, mas valores éticos serão tratados durante todo texto.

Júlio Baptista é um trabalhador, e como tal tem direito ao seu salário. Se faz jus a ele ou não, quem tem direito de divagar sobre isso é o seu empregador, o Cruzeiro Esporte Clube. Qualquer pessoa, física ou jurídica, não tem o direito de opinar sobre isso. Não têm direito também de expor dessa forma um homem e pai de família que zela pela segurança da mesma e pessoal. É uma temeridade muito grande que seus vencimentos fiquem sendo matéria de programas de tv e jornais. O profissional tem direito a ter essa informação resguardada, caso contrário, vamos acabar com sigilo bancário, com sigilo telefônico entre outros garantidos pela lei brasileira.

Imaginem se cada cidadão tiver seus supostos vencimentos expostos na mídia como o Júlio teve essa semana. Como é que ficariam aqueles que têm salários melhores? Imaginem a mudança de rotina, o temor a que seriam submetidos por sua própria segurança, ou de sua família!

Em minha opinião, a ética passou longe dessas atitudes, mas como vemos seguidamente acontecer aqui em Minas Gerais, essa parte parcial da “imprensa” que coloca sua preferência pessoal de torcida acima de tudo e de todos, inclusive acima de si mesmos quando se deixam influenciar pelo sentimento na intenção de prejudicar um time e ajudar o outro, não pensaram que do outro lado tem um trabalhador, volto a frisar, que tem uma família para cuidar.

Infelizmente esse comportamento é histórico e recorrente a ainda veremos tais atitudes inúmeras vezes. Em contrapartida temos sim, aqueles que são profissionais. Aqueles que fazem questão de separar o coração da profissão e independente do time que torcem, tem sempre um compromisso com a ética e com a veracidade das informações sem que tais possam acarretar em insegurança aos objetos de suas notícias.

A mim, não importa saber quanto cada jogador de qualquer time que seja recebe no fim do mês. Importa é que eles tenham a tranquilidade para desempenhar sua função dentro de uma equipe, ainda que não sejam protagonistas, mas sejam engrenagens fundamentais a que seu time funcione e apresente um belo espetáculo dentro do campo, afinal quem é que não gosta de assistir a um bom jogo de futebol?

Saudações Celestes