A evolução continua: jogamos com espírito de Libertadores


Salve, China Azul!

Ontem tivemos a tão aguardada estreia do Cruzeiro pela Taça Libertadores. Diante do Universitario, em Sucre-BOL, com seus 2810 metros de altitude, arrancamos um empate. Poderia ter sido uma vitória? Sim, criamos o suficiente para isto. Todavia, o que mais chamou a atenção no confronto foi a presença de algo que será de extrema importância para a sequência da disputa: jogamos com espírito de Libertadores.

Como destaquei em textos anteriores, a Libertadores é um torneio que envolve, além de futebol, a emoção, a raça, a transpiração. Para conquistar a América, não basta ter a melhor formação, ou as melhores peças de reposição; é necessário que haja mais luta, mais entrega e, em certas partidas, mais malandragem.

Ontem o Cruzeiro teve um pouco de tudo isso. Foi mais brigador, mais sério, sem medo de dar chutão quando necessário. Também foi malandro, pois soube dosar perfeitamente a sua intensidade no jogo, a fim de que a questão física não influenciasse tanto nos últimos minutos. Tantos brasileiros já enfrentaram clubes na altitude pelos torneios sul-americanos, e foram raras as vezes onde o time da casa não exerceu uma pressão absurda nos últimos minutos. Costumeiramente, ocorre um desgaste muito grande, e o visitante acaba ficando exposto, por mais fracos que os times locais sejam. Ontem não houve isto; pelo contrário, fomos tão bem neste quesito, que ainda conseguimos fazer um segundo tempo melhor que o primeiro.

ATUAÇÕES

Fábio – NOTA 6,5

Não foi muito exigido durante a partida, mas desempenhou um bom papel quando necessário.

Fabiano – NOTA 6

Não esperem grandes subidas ao ataque, velocidade e intensidade, características de Mayke. Fabiano é um lateral que prefere passes mais seguros, além de fechar muito bem a defesa. Não comprometeu em momento algum.

Léo – NOTA 6

Outro que jogou de forma simples. Na Libertadores, esta regularidade é fundamental.

Paulo André – NOTA 6

Tem técnica, tem qualidade para sair jogando de forma eficiente, além de ter uma experiência que pode ser primordial. Precisa apenas pegar um pouco de ritmo, mas isso vem com o tempo.

Mena – NOTA 6

O lateral-esquerdo celeste é uma das boas peças que vem se destacando neste início de temporada. Mais uma partida segura, tanto na defesa, quanto no ataque.

Willian Farias – NOTA 5,5

Até considero que o volante fez uma boa partida enquanto esteve em campo. O problema dele foi a afobação. Um pouco de tranquilidade, ainda mais para ele, como volante, seria importante. Deu lugar a Willians (NOTA 6,5), que mesmo com alguma falta de ritmo, mostrou segurança nos desarmes, além de ser mais seguro nos passes.

Henrique – NOTA 6,5

Completando 250 jogos pela equipe celeste, Henrique foi um dos que mais correu em campo. Marcou com eficiência, soube preencher bem os espaços, sem dar margem à criação do adversário.

De Arrascaeta – NOTA 5,5

O uruguaio teve uma participação discreta, porém era sempre ativo nos lances onde o Cruzeiro levava perigo à meta adversária. Como o próprio Marcelo Oliveira citou, foi um dos que mais sentiu os efeitos da altitude. Saiu para a entrada de Judivan (NOTA 5), que teve uma boa chance de marcar, mas não participou ativamente do jogo.

Willian – NOTA 5,5

Embora tenha aparecido bastante para o jogo, foi pouco efetivo. Deu lugar a Joel (NOTA 0), que ficou menos de 5 minutos em campo e foi merecidamente expulso pelo árbitro, por uma entrada muito violenta. Libertadores é raça, é força, é pegada, mas aquilo extrapolou os limites. Mais calma, Joel!

Marquinhos – NOTA 6,5

Voluntarioso. Esta palavra define bem o nosso camisa 30. Aparece em todas as faixas do campo, confundindo a marcação, além de recompor muito bem o nosso sistema defensivo.

Leandro Damião – NOTA 6

Apesar de ter perdido uma chance que não se deve perder, Damião fez uma boa partida. Brigou com os zagueiros, ganhou boas disputas pelo alto, correu, se esforçou. Parece, nitidamente, um jogador diferente daquele que, ano passado, vestiu a camisa do Santos.

Marcelo Oliveira – NOTA 6

Armou o time no intuito de não promover um grande desgaste logo de cara. Teve que tirar De Arrascaeta, por cansaço, e o time ficou um pouco sem criação.

 

O próximo confronto pela Taça Libertadores será na nossa casa, no próximo dia 03/03, às 22h, contra o Huracán-ARG. Todo o apoio será fundamental! Vamos mostrar aos nossos Guerreiros que confiamos nesta equipe e nesta filosofia de trabalho. A evolução em campo tem vindo, aos poucos; com o Mineirão lotado, a possibilidade de vitória só aumenta. Todos, jogadores, comissão técnica e torcedores, são importantes nesta caminhada rumo ao Tri.

 

E então, Guerreiros, gostaram da atuação da equipe? Concordam ou discordam das notas? Deixe sua opinião!

Guerreiro dos Gramados: nossa torcida, nossa força.

Por: Pedro Henrique Paraíso (@Pedro_Paraiso)