12 minutos de pane (Atlético MG 3 x 1 Cruzeiro – Campeonato Mineiro Finais)


Salve, guerreiros!

Se você é cruzeirense, como eu, deve estar indignado com a derrota de ontem. Deve também estar se perguntando como aquilo aconteceu. É uma pergunta, dentre tantas outras que ficarão sem resposta. O fato é que o Cruzeiro apagou durante doze minutos logo após a parada técnica da partida, e permitiu ao Atlético reverter e construir uma significativa vantagem para a grande final a ser realizada no próximo domingo. O gol do uruguaio De Arrascaeta no segundo tempo amenizou o golpe nos dando uma ponta de esperança de não perder o Mineiro dois mil e dezoito para um time chegou a essa final graças a inúmeros “erros” de arbitragem, sempre a favor, claro. Enfim, é esquecer por enquanto a derrota de ontem, pensar no Vasco na quarta, que ganhou seu jogo pelo estadual e vem ao Mineirão com moral para tentar recuperar-se na Libertadores sobre o Cruzeiro. A Raposa também precisa buscar seus primeiros pontos em casa após perder na estréia para o Racing.

O Jogo

Com início equilibrado, a partida parecia ser mais uma daquelas que reservava resultado apertado. As melhores chances haviam sido do Cruzeiro, com finalizações obrigado Vitor a boas defesas. Houve um divisor de águas na partida, que foi a parada técnica. O Cruzeiro voltou desconcentrado e o Atlético aproveitou-se disso para quase dar fim à final. Foram doze minutos de pane da defesa celeste, três assistências de Otero em bolas paradas, algo inadmissível para um time com uma defesa tão sólida quanto a do Cruzeiro. O ponto fora da curva havia sido a partida contra o Racing, mas, com sérios desfalques e a perda do goleiro Fábio naquela ocasião, até explica-se. Nesse domingo não foi assim, houve um cochilo coletivo e quando o Cruzeiro assustou, já estava 3 x 0 para o rival.

O Cruzeiro acertou-se em campo somente no intervalo. Mano, que não costuma fazer alterações antes do vinte minutos da etapa final, a não ser por lesões, retira Rafinha e lança De Arrascaeta ainda no intervalo. O Cruzeiro então passa a ter mais domínio territorial e vai rondando o gol atleticano. Entretanto, a Raposa não consegue furar o bloqueio armado por Larghi, e quando consegue, Vitor vai fazendo sua parte e frustrando as pretensões celestes de ao menos diminuir o prejuízo. Algumas coisas chamaram a atenção, como por exemplo, o excesso de erros de passe do time de Mano Menezes. Outra coisa foi o rendimento muito ruim de Henrique. Errou quase tudo que tentou e fica com nosso “Guerreiro de lata” de hoje.

A insistência celeste acabou premiada com um gol que pode ser nossa redenção do péssimo resultado desse domingo. De Arrascaeta finaliza sem chance para Vitor após bela trama do ataque cruzeirense com a bola de pé em pé até chegar em condições de finalização. O uruguaio fica com nosso “Guerreiro de ouro” de hoje. A matemática celeste para o título é simples: precisamos de uma vitória por dois gols de diferença. O fator complicador é o fato do time de Mano ter baixa produção ofensiva, mas, a Raposa já deu inúmeras demonstrações  de que é especializada em vencer as probabilidades.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 3 X 1 CRUZEIRO

Local: Estádio Independência, Belo Horizonte (MG)
Data: 01 de Abril de 2018, Domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas (FIFA)
Auxiliar: Helcio Araújo (PA/CBF) e José Ricardo Coimbra (PA/CBF)
Cartões amarelos: Elias, Adilson e Ricardo Oliveira (AMG); Sassá (CRU)
Gols:
ATLÉTICO-MG: Ricardo Oliveira, 36 e aos 45 minutos do primeiro tempo, e Adilson, aos 41 minutos do primeiro tempo
CRUZEIRO: Arrascaeta, aos 37 minutos do segundo tempo

ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson (Arouca), Elias (Yago) e Cazares; Luan (Tomás Andrade), Otero e Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi

CRUZEIRO: Fábio, Lucas Romero, Léo, Murilo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Mancuello), Robinho e Thiago Neves, Rafinha (Arrascaeta) e Raniel (Sassá).
Técnico: Mano Menezes

Agora é tirar lições da derrota para encarar o Vasco na quarta pela Libertadores. Voltar a pensar no Atlético apenas na quinta-feira. Ambos os jogos serão no Mineirão, casa do Maior de Minas, onde a Raposa costuma escrever suas “páginas heroicas imortais”. Até lá, China Azul!

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr